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domingo, 3 de julho de 2011

A mudança dentro da mudança.

Nos últimos 20 anos o que o mundo assistiu foi a maior mudança macroeconômica de todos os tempos. Foram três os fatores que promoveram essa mudança.

• A ascensão dos EUA como potência mundial e a riqueza adquirida pelos investimentos feitos em tecnologia de todos os matizes.

• O estabelecimento da União Européia e a tentativa de se construir uma moeda única para os países.

• A compreensão dos dirigentes comunistas da China de que não é possível uma sociedade comunista, ou socialista, sem que a propriedade privada exista.

Esses três fatores promoveram o que se chama de Globalização.

Não há certo e errado na historia, só há a historia. A cada escolha que se fez se construiu a historia.

O que o mundo assiste hoje é a desconstrução da globalização. Passo a passo, escolha a escolha, o mundo está criando outra maneira de viver, outra maneira de governar, e outra maneira de consumir.
O primeiro sinal de que isso vai acontecer é a decadência financeira dos EUA causada pela crise do sub-prime.

O segundo sinal é a decadência financeira da Europa como um todo, e não apenas da União Européia.

O terceiro sinal é o problema Chinês, por enquanto escondido debaixo do tapete, mas prestes a aparecer perante a humanidade.
Todos esses problemas são as conseqüências de uma única causa, o excesso de dinheiro fiduciário no mundo.

É tanto dinheiro sem lastro, e tanta tecnologia de comunicação, que não é preciso haver uma corrida aos bancos para que estes quebrem na impossibilidade de devolução da ínfima parcela de moeda real em poder dessas instituições. Os balanços dos bancos são constituídos de valores irreais, de um bando de “papagaios” que somam a inimaginável quantia de... Ninguém no mundo sabe esse valor, mas estima-se algo em torno de $600 trilhões. Algo construído ao longo de gerações.

Todos têm papagaios nos bancos, você, seu vizinho, a população em geral (eu não tenho nenhum, ainda bem) os próprios bancos, a sua cidade, seu estado, o banco central de seu país cuida dos papagaios de seu país.

Tudo está atolado em uma confusão de dinheiro falso, irreal, impresso pelos EUA, ao longo de décadas, que não se tem a menor idéia de como irão consertar o problema.
Claro que os governos tomaram uma atitude. Primeiro acabaram com a educação nos países pobres. Deram o futebol às massas e um monte de benesses de diversos nomes.
Bolsa família, seguro desemprego, seguro social, etc.

Um cala a boca geral que colocou a grande massa à beira da imbecilidade. O problema de hoje, no entanto, para esses “dirigentes” quanto à população, não é a massa “emburrecida”, mas aqueles a quem treinaram para ser mamadores oficiais do dinheiro pago de impostos pela população em geral.
Construi-se também o ópio do povo, a democracia. Todo mundo pensando ser livre enquanto, através dela se implanta o socialismo e a dominação ditatorial das elites sobre a população ignorante ou calada. Vote na democracia, escolha seu ditador pelos próximos 5 anos e cale o bico.

Não vamos filosofar, mas apenas olhar para o exemplo da Grécia, que por sinal será o gatilho disparado para o final desse tipo de sistema econômico vigente.
Há uma tentativa, desesperada, diga-se de passagem, pelos governos da União Européia para rolar as dívidas gregas, enquanto se pede à população que “aperte o cinto”. Mas a que população se pede isso? Na verdade na Grécia, 60% da força de trabalho estão de alguma maneira, envolvida com pagamentos do governo.

Isso porque se viram (os governos) obrigados a comprar dos bancos os papagaios que nunca mais serão pagos pela população, ou pelos próprios governos. Para isso imprimiram dinheiro, pagaram a conta dos bancos e ficaram com o mico na mão.
Os bancos por sua vez, compraram estoques de recursos naturais e empresas envolvidas com esse tipo de produto. Continuam a ser hoje os donos absolutos do poder e agora dos recursos naturais da humanidade. É a mais vil e cruel ditadura já vista na historia da humanidade.

A população mundial ainda não percebeu a pintura geral, mas assim que o preço do petróleo atingir preço tal que a população se veja impedida de consumir, ou que governos percam o controle sobre os preços da energia, as coisas vão depender da determinação que a turba enraivecida tiver em dar a sua vida para matar um, ou centenas, de policiais a serviço da ditadura do dinheiro fiduciário.

Claro que a coisa é muito mais complexa do que eu possa imaginar, mas estamos caminhando para uma nova fase da historia. É bom que os tumultos do mundo sejam contidos com mais dinheiro para a população, senão o quebra pau vai ser uma constante semanal daqui para frente.

Vamos dar de cara com a constatação da imbecilidade de plantar morangos na encosta das montanhas chilenas para vender esses mesmo morangos no Japão. Afinal, o Japão também tem montanhas.

Iniciamos a desglobalização. Virá o que?

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