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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Agências de risco, matemática e o meu pirão.

O mundo essa semana vai iniciar a discussão sobre o teto da dívida americana. Dia 3/08/2011 é a data limite para que o congresso americano aumente o valor possível de ser gasto para que os EUA continuem com o poder de pagar suas dívidas e obrigações.
Na verdade, o que está em jogo, é a continuidade da indústria de impressão monetária, porque parar de gastar, ou parar de pedalar a bicicleta é totalmente impossível.

Assim, enquanto se discute se irão ou não elevar o teto da dívida, e as agências de risco ameaçam cortar a nota de rating dos EUA de AAA para D, de uma vez só, sem passar por qualquer outro nível.

Isso é o mesmo que dizer que a economia americana passa de ouro a lixo em apenas uma graduação das agencias de risco, como se alguém no mundo, neste momento histórico, desse algum crédito ao que essas agências falam. Ah, o Brasil sim, dá o maior crédito.

Como se viu na Europa ontem, os países, bancos, e credores da dívida grega, aceitaram o inevitável, isto é, a prorrogação dos recebimentos de curto prazo para daqui a 30 anos de metade da dívida. Outros 30% dessa dívida irá ser paga em 20 anos e o resto o FMI pagará a vista.

Para isso acontecer, sabemos bem aqui no Brasil, a economia grega será atirada às feras da recessão por pelo menos 5 anos. Isso é um fato matemático.

Enquanto isso nos EUA as ameaças das agencias de rating não fazem o menos efeito nos mercados. Na medida em que elas mesmas mantêm o rating americano como AAA, triplo A com se diz no jargão financeiro, apesar do tamanho do endividamento americano e, do fato de que essas ameaças já estão sendo postas na mídia por no mínimo quinze anos.
Não será preciso o FMI para atirar a economia americana na recessão. Ela mesma pode muito bem fazer o serviço.

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