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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Por enquanto estamos todos em pé.


Essa segunda onda da crise certamente não se mostrará uma marolinha como a primeira. Naqueles tempos a marolinha derrubou os mercados em cerca de 60% em 4 meses se tanto. Mas a queda foi de susto do que poderia acontecer, mais do que na verdade poderia acontecer em curto prazo.

 É claro que os políticos, e donos do poder, dariam um jeito. Foi imprimindo dinheiro, já que não havia outra forma de lidar com o sistema instalado que usa dinheiro sem lastro para valorizar as transações econômicas.

O dilema agora é manter a credibilidade no sistema, controlar as ameaças, que estão numa gangorra. Sentado de um lado, está o perigo da inflação, imposto pela quantidade de dinheiro impresso pelos Estados. De outro, a ameaça da deflação, caso a dinheirama não salve o mundo da recessão.



A Europa está, queiram ou não os analistas, em forte recessão.  Ainda não mostrada pelos dados econômicos, mas não tardarão a aparecer os primeiros números que farão os analistas perderem a fala, principalmente na Alemanha, França e Inglaterra, sem falar da periferia que está causando todo esse problema.

Com a recessão na Europa já vemos a China perdendo a expansão econômica de suas exportações. Como a maioria do que eles fabricam é lixo sem tecnologia, o perigo de estourar uma das bolhas lá instalada é enorme.

As notícias nos EUA são encorajadoras, mas de curtíssima duração.  A farra acontece porque é ano de eleição. A verdade por trás da festa é cruel.

E por último minha gente, o petróleo está cotado a U$ 105,00 agora. Nem quero falar o que aconteceria caso ele subisse repentinamente para U$ 150,00 ou mais.




A Grécia caiu, a primeira pedra do dominó, e vai certamente levar com ela pelo menos alguns dos bancos mais vulneráveis à sua dívida.

O fato concreto, na economia real, é que a primeira onda da crise, em 2008, foi a onda do susto. As coisas na economia real funcionam diferentemente das bolsas. Os agentes econômicos se ajeitam, fazem acordos, empurram suas dívidas para o futuro e assim por diante.

Os dados econômicos do primeiro trimestre de 2012 serão conclusivos e darão o tom nos gráficos e movimentos de todas as bolsas e ações.

Aguardem e rezem para não ser um tsunami incontrolável, uma das possibilidades.

De qualquer forma, e seja a onda do tamanho que for, vamos ter de surfá-la


Preparem-se



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