Essa segunda onda da crise certamente não se mostrará uma
marolinha como a primeira. Naqueles tempos a marolinha derrubou os mercados em cerca de 60% em 4 meses se tanto. Mas a queda foi de susto do que poderia
acontecer, mais do que na verdade poderia acontecer em curto prazo.
É claro que os políticos, e donos do poder, dariam um jeito. Foi imprimindo dinheiro, já que não havia
outra forma de lidar com o sistema instalado que usa dinheiro sem lastro para
valorizar as transações econômicas.
O dilema agora é manter a credibilidade no sistema,
controlar as ameaças, que estão numa gangorra. Sentado de um lado, está o perigo
da inflação, imposto pela quantidade de dinheiro impresso pelos Estados. De outro, a ameaça da deflação, caso a dinheirama não salve o mundo da recessão.
A Europa está, queiram ou não os analistas, em forte
recessão. Ainda não mostrada pelos dados
econômicos, mas não tardarão a aparecer os primeiros números que farão os
analistas perderem a fala, principalmente na Alemanha, França e Inglaterra, sem
falar da periferia que está causando todo esse problema.
Com a recessão na Europa já vemos a China perdendo a
expansão econômica de suas exportações. Como a maioria do que eles fabricam é
lixo sem tecnologia, o perigo de estourar uma das bolhas lá instalada é enorme.
As notícias nos EUA são encorajadoras, mas de curtíssima duração. A farra acontece porque é ano de eleição. A verdade
por trás da festa é cruel.
E por último minha gente, o petróleo está cotado a U$ 105,00
agora. Nem quero falar o que aconteceria caso ele subisse repentinamente para
U$ 150,00 ou mais.
A Grécia caiu, a primeira pedra do dominó, e vai certamente
levar com ela pelo menos alguns dos bancos mais vulneráveis à sua dívida.
O fato concreto, na economia real, é que a primeira onda da
crise, em 2008, foi a onda do susto. As coisas na economia real funcionam diferentemente
das bolsas. Os agentes econômicos se ajeitam, fazem acordos, empurram suas
dívidas para o futuro e assim por diante.
Os dados econômicos do primeiro trimestre de 2012 serão
conclusivos e darão o tom nos gráficos e movimentos de todas as bolsas e ações.
Aguardem e rezem para não ser um tsunami incontrolável, uma
das possibilidades.
De qualquer forma, e seja a onda do tamanho que for, vamos
ter de surfá-la
Preparem-se
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