Tradução livre de
O mundo vem comparando
a situação do Lehman Brothers em 2008 com a situação da Grécia em 2012. São situações
diferentes, pois o Lehman era uma instituição privada e a Grécia é um país.
Esse fato faz a
diferença. Os papagaios do Lehman, assim como os da Grécia, estão, ou estavam
espalhados por todo o sistema financeiro.
Quando o Lehman
quebrou quase todas as instituições que estavam em apuros foram fundidas com entidades
maiores (Bear Stearns, Merrill Lynch) ou tinham sido nacionalizadas (Fannie e
Freddie). Aqueles que ainda estavam em pé depois da queda do Lehman, tiveram de
se tornar instituições bancarias, já que eram bancos de investimento apenas, (Morgan
Stanley, Goldman Sachs) para poder receber acesso às facilidades, (dinheiro sem
juros) do FED, ou tiveram de ser nacionalizados (AIG).
Estas opções não estão
presentes em relação á crise soberana Européia hoje.
Se a Grécia falir será
que Portugal poderia se fundir com a Espanha? Ou a Itália não pode ser nacionalizada
pela Alemanha e assim receber maiores facilidades do que já recebe do BCE.
Os fatos reduzem se à
realidade econômica do nosso sistema.
1.
Não se
pode resolver um problema de dívida com mais dívida
2.
Medidas de
austeridade econômica reduzem o crescimento econômico que, por sua vez, torna difícil
cumprir os pagamentos da dívida.
Isso é senso comum, básico.
O que se tem feito desde o FED em 2008 até o BCE é:
Nós vamos lhes dar mais dinheiro se você implementar
medidas de austeridade.
Isso é o cúmulo do absurdo. Um ou
mais países socialistas mandando ordens para que outro país socialista acabe
com o bem bom do socialismo em seu território, e faça o seu povo virar capitalista
de uma hora para outra além de pagar a conta para que os outros continuem no
bem bom do socialismo.
meu comentário
O fato é que a Grécia não
tem simplesmente nenhuma possibilidade de colocar suas “finanças em ordem”. A Grécia
tem problemas uma população já velha, falta-lhe estrutura de crescimento econômico
e principalmente questões culturais como o pensamento geral de que pagar
impostos é para otários, o que torna impossível para a Grécia resolver a questão.
A Grécia e o
socialismo grego acumularam uma dívida tão enorme para os padrões gregos, que não
há saída e, por isso, vai quebrar e quebrar de forma espetacular.
O impacto desse evento
financeiro será tremendo. Em primeiro lugar todos mentem em relação à sua
exposição aos títulos gregos. Elas são muito maiores do que o dito na mídia.
Então quando a Grécia quebrar
os problemas serão muito, mas muito maiores do que as pessoas já estão
esperando, em virtude de que mentir sobre a exposição grega é a praxe com os
bancos europeus.
Em segundo lugar,
quando a Grécia fizer o default, outros países terão de se perguntar:
Vamos optar por acabar
com o socialismo e a farra? Ou vamos dar o calote também?
Pergunta difícil de
ser respondida.
E se você acha que a
dívida da Grécia com os bancos está subestimada, nem queria saber o que
acontece com as dívidas espanholas e italianas. Há bancos na Alemanha com 60%
do seu patrimônio (ou melhor, com o patrimônio das pessoas e empresas) expostos
às dividas dos PIIGS.
Amigos, o sistema bancário
europeu está à beira da falência. A quebra da Grécia não será um Lehman 2.0,
será algo muito, muito pior.
Alguns desses países
estão ostentando 20% de desemprego. O que acontece se seus principais bancos
falirem?
E também se lembre
que:
1.
UE é a
maior economia mundial individualmente falando - PIB de 16,28 trilhões.
2.
È o maior
parceiro comercial da China.
3.
Compra 21%
das exportações americanas.
4.
Compra 121
bilhões por ano da America do Sul.
O impacto global de
uma crise bancaria em termos de dívida soberana será tremendo.
A resposta é: estamos
literalmente na véspera de uma crise que vai fazer a de 2008 parecer um piquenique
no parque.
Chama o Lulla para parar a marolinha
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