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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

All In




Está tudo combinado, desde que o mercado existe.

Então o que estamos assistindo no mundo:

1.       Promessa de mais estímulos econômicos por parte dos governos de países com sérias dificuldades econômicas.

2.       O mercado precificando antecipadamente para cima todas as commodities.

Desde junho o preço do petróleo lá fora já subiu 25%, o preço das principais matérias primas para a indústria subiram 21% desde junho também.

 Vejam o impressionante desempenho da bolsa Espanhola, que subiu 21% desde junho, em um país que experimenta 50% de desemprego para pessoas com até 26 anos e 25% de taxa de desemprego geral, em desastre econômico através de uma depressão nunca vista fora de tempos de guerra.

E na verdade o que o mercado está fazendo está baseado num número incerto e não sabido de QE. Sobe apenas num boato.

Em 6/09/2012 o BCE irá anunciar o tamanho da compra que fará dos títulos europeus de países em dificuldades econômicas. Em 13/09/2012 será a vez do FED anunciar o seu valor, seu Royal Street Flush.  

Então vamos pensar como o mercado:

Comprar no boato e vender no fato. É o que ele sempre faz.

 Mas o tamanho da queda irá depender do que o mercado fará a partir de agora, isto é, essa semana é decisiva para a alta dos preços antes do fato realmente acontecer. ( se é que tem algum maluco mesmo dirigindo o mundo)

Bem, se o anúncio do presidente do BCE ,Mario Draghi, não for um anúncio de valor surpreendentemente massivo, não deverá haver muito mais espaço para a alta dos preços nas bolsas. O mesmo acontecerá para o anúncio do FED. Os valores para sustentar mais altas na bolsa devem ser particularmente altos e surpreendentes.

O mercado então se veria frente a um dilema de proporções tão enormes quanto o QE lançado.

 O mercado poderia então ter a certeza de que haverá inflação, mesmo com os preços atualmente em controle devido ao perigo da ameaça de recessão econômica.  Subiria mais um pouco e então viria a decepção de ter de enfrentar a realidade econômica, isto é, aceitar que uma massiva impressão monetária indica que há sérios problemas nas economias, ignorados até então pelo mercado.

Nessa nova posição o mercado teria de esperar que o QE realmente tenha algum efeito dos planejados e esperaria os resultados. É o último tiro dados pelos Bancos Centrais dos EUA e do Bloco europeu. Se não funcionar, cabeças serão cortadas no grupo que domina a politica macroeconômica.

No entanto, se o anuncio dos BCs for de valor pífio, o mercado saberá que precificou demais e a queda será muito pior, pois saberá que a quantidade de dinheiro não será suficiente para conter a recessão.

Essa é realmente a última cartada para o mundo, e o jogo de pôquer vai ter uma aposta All in.



A verdade é que esses tempos de espera está emocionante para quem acompanha a novela. estamos nos aproximando dos capítulos finais e o jogo está prestes a acabar, como sempre, numa montanha de dinheiro.

Haverá vencedores e para um vencer, outro tem de perder.

Um comentário:

  1. China é sufocada por estoques de mercadorias
    Desaceleração da economia faz enorme quantidade de produtos não vendidos abarrotar as lojas, entupir os pátios das concessionárias de veículos e encher os armazéns das fábricas

    http://economia.ig.com.br/criseeconomica/2012-08-24/china-e-sufocada-por-estoques-de-mercadorias.html

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