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sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Equilíbrio
Vamos experimentar uma mudança macroeconômica importante.
Ontem o Banco Central Europeu disse que vai pagar a conta dos bancos, promover liquidez, e dar crédito ilimitado a eles.
O que isso quer dizer afinal?
Bem, vejamos como é a situação.
Os bancos têm em seus balanços ativos que são notas promissórias, títulos dos governos, e outros papagaios que não têm penas, são todos papagaios cabeludos.
Como papagaio não é dinheiro, e sim uma promessa de pagamento no futuro, e os bancos estão enfrentando o calote de hipotecas e também a possibilidade de calote de títulos de países como Grécia, Espanha, Portugal, Itália, eles não tem dinheiro para devolver aos depositantes e outros credores.
Mas isso não é o mais importante desse conto de fadas. Eles também não encontram mais dinheiro para comprar mais títulos dos governos e rolar as dívidas, não só dos já problemáticos, mas do resto também.
Isso está causando uma parada na economia, ou pelo menos uma retração econômica, já que antes de resolverem ligar as maquinas de impressão de dinheiro, a escolha era aumentar impostos e cortar gastos. Isso não mudou - a população ainda irá pagar a conta - mas agora a ameaça da deflação de preços está descartada. O dinheiro irá jorrar nos caixas dos bancos.
O que se espera?
Bem com o caixa dos bancos supridos eles poderão rolar os títulos para os Estados socialistas perdulários, e continuar pagando os juros para quem depositou e aplicou seu dinheiro com os bancos.
Tudo volta ao normal, mas há um pedágio a ser pago, pela população é claro. Vão fazer as “reformas estruturais”, ou seja, aumentar impostos, cortar gastos e todo o resto. Será que as pessoas vão reclamar desse “passa moleque”?
O perigo.
No primeiro momento o mercado vai experimentar um alívio. Os preços vão se recuperar e as economias iniciarem uma retomada. O perigo é o mercado, e a economia real, perceberem que se vai haver retomada econômica e os preços vão subir a inflação então tome conta do processo e saia do controle.
Em minha modesta opinião isso é praticamente certo. Vamos ter um aumento de inflação generalizado, e que por sinal é o objetivo final dessa mudança macroeconômica.
Com inflação os governos podem aumentar a arrecadação com o imposto inflacionário e surrupiar parte dos ganhos salariais da população e empresas, outro dos objetivos da mudança promovida.
Desta forma o perigo que corremos é a inflação sair do controle e os governos se virem obrigados a aumentar as taxas de juros, criando assim uma recessão na tentativa de controlar os preços, criando a possibilidade de deflação de preços novamente.
Isso sim é viver perigosamente.
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