Estou lendo as notícias do momento e escutando os analistas, sábios de caderneta.
O argumento de alguns é de que o governo não deve e não pode, neste momento, cortar gastos, visto que o setor privado está se contraindo. Dizem que se o governo deixar de gastar é o mesmo que colocar um doente que está na UTI em uma forte dieta.
Posso estar errado, mas venho dizendo que o que está envenenando a economia é dinheiro, crédito, e dívidas. Não que o argumento do sujeito não tenha sido testado. O FED, e o resto dos BCs no mundo, enfiaram tanta grana no mercado que esse está com uma metástase causada por excesso de dinheiro.
No entanto eu concordaria com o argumento de que o governo precisa mesmo ajudar a economia gastando. Mas o governo gastar é o mesmo que dizer que ele próprio vai colocar todo o dinheiro no bolso dos apadrinhados, corruptos, banqueiros, mancomunados com o poder, já que estão eles mesmos no poder.
Está todo mundo perdendo o ponto. O problema do mundo é a dívida em que empresas, indivíduos, e governos estão metidos. Nem todos devem, há quem tenha dinheiro em caixa, mas há quem tenha algumas dezenas de montanhas tipo Everest, feitas de papagaios, que não serão pagos jamais.
Esse dinheiro todo, que na verdade não é ativo até ser pago, o chamado dinheiro fiduciário, está nas mãos dos bancos e eles vão quebrar. Senão esse ano, no ano que vem no mais tardar.
A tentativa de salvar os bancos considerados Too Big to Fall, grandes demais para quebrar, foi um fracasso retumbante. Não há mais como argumentar a favor de gastos governamentais, em dinheiro vivo, na mão de banqueiros. Não sei o porquê da insistência dessa gente.
Não é mais uma questão de teoria econômica. Nos últimos dois anos, com essa impressionante impressão monetária, com as bolsas subindo, com as taxas de juros a zero, e a economia patinando, a teoria econômica antiga foi simplesmente destruída.
É melhor alguém aparecer com uma solução inovadora, porque o que eu aprendi na escola não existe mais no mundo atual.
Cadê o Gênio?
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