Diz a mídia que o Fiscal Cliff ,que os EUA tem a enfrentar a
partir de janeiro de 2013, é uma coisa ruim, muito ruim para a economia. Como a
maioria das pessoas não tem a menor noção do que vem ser o Fiscal Cliff é claro
que acreditam na mídia.
O fato de que a lei americana manda o Estado americano
começar a pagar suas dívidas, e diminuir a velocidade com que se endivida é, na
realidade, a única coisa boa que se falou no mercado nos últimos 15 anos.
A mídia torna evento uma coisa ruim, porque a lei quer que
os EUA aumentem impostos, deixem de subsidiar diversas coisas na economia e
ainda impõe cortes de gastos públicos da ordem de 600 bilhões por ano, chamam
isso de Fiscal Cliff, um nome pejorativo e que indica desastre.
Como a dívida atual dos EUA cresce a uma cifra de 1,1
trilhões por ano, o Fiscal Cliff vai diminuir a dívida criada em 50%
imediatamente, retirando gastos públicos e criando receitas da ordem de 6,1 trilhões
em 10 anos, e isso é ameaça ao crescimento baseado em emissão de moeda.
Sabem por que a mídia está chiando? Porque a poupança criada pelo evento irá levar
os EUA a uma recessão, e economizar não é bom, segundo a mídia.
Os EUA estão atacando o resto do mundo com armas econômicas de
incrível poder. Esses QE criados pelo FED não passam de uma ameaça ao balanço financeiro
global, na medida em que ameaçam o equilíbrio das moedas no mundo.
Enquanto outros países aproveitaram a janela de consumo
criada dentro dos EUA, e vendiam seus
produtos para eles, recolhendo moeda e reinvestindo essas reservas
comprando títulos da dívida americana, hoje isso já não mais acontece na mesma
proporção e os países estrangeiros já iniciaram a quebra desse circulo
monetário e de produtos.
Isso ameaça os EUA, que se vê sem condições de financiar sua
dívida. Desta forma, comprando a sua própria divida, o FED é o financiador da
dívida americana, já acumula quase 50% dela, e essa criação de moeda base do
mundo é indiscutivelmente desestabilizadora da economia global.
Ainda há a ameaça aos países financiadores, China, Japão
Brasil e outros de que não devem parar de comprar os bonds americanos, sob pena
de ver um desastre econômico acontecer, sem falar na desvalorização que o Dólar,
através de emissão de maciças quantidades dele, experimenta. Como dizia Keynes,
deva ao banco um milhão de dólares e ficará à sua mercê, mas faça uma dívida de
um trilhão e a situação se inverterá.
Na mídia o país se arvora de líder do mundo financeiro, econômico,
politico e militar, o grande que nunca quebrará. Pode até ser que a população
acredite nisso, mas o mercado, já está com severas dúvidas de como os EUA vão
manter essa hegemonia sem que se financie sua dívida.
Até o momento as taxas de juros estão baixas, perto de zero,
nos EUA e mesmo com a monetização que ocorreu e que continua em ação, ainda se
buscam os bonds americanos como segurança no mercado. Isso se vê nos gráficos de
juros dos títulos americanos da dívida.
O que não se sabe é se quem compra essa dívida é mesmo o
mercado. Já se desconfia que é o FED que mantem essa demanda. Tudo então se
reduz a uma questão de confiança. Caso o mercado desconfie de que o mundo
deixou de comprar os bonds, o desastre econômico acontecerá.
A única forma de acabar com essa desconfiança é o fortalecimento
do dólar através do pagamento da dívida e de uma economia forte e sem déficits.
Essa é a receita que o mundo precisa e que os socialistas e banqueiros lutam
para não acontecer.
Cedo ou tarde o
capitalismo prevalecerá. É preciso pensar de que forma o mercado fará seu
expurgo; de forma branda e normal, através da recessão, ou de forma intensa
através da depressão econômica, que varrerá do mapa hegemonia americana e boa
parte do mundo junto com ela, sem falar do modo de vida americano.
Esse é o debate nos bastidores nesse momento e a população
dos países em que está acontecendo a austeridade está protestando fortemente
contra isso. Assim é devido às promessas de vida boa que os políticos socialistas
deram a essa população.
Uma coisa é certa, não se pode comer dinheiro, e se a inflação for adicionada nessa equação, temo pelo pior. Vamos ver se os políticos encontram um meio termo para
economizar e crescer ao mesmo tempo, mesmo que pouco.
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