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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Expansionistas versus contracionistas. A guerra de sempre.






Diz a mídia que o Fiscal Cliff ,que os EUA tem a enfrentar a partir de janeiro de 2013, é uma coisa ruim, muito ruim para a economia. Como a maioria das pessoas não tem a menor noção do que vem ser o Fiscal Cliff é claro que acreditam na mídia.

O fato de que a lei americana manda o Estado americano começar a pagar suas dívidas, e diminuir a velocidade com que se endivida é, na realidade, a única coisa boa que se falou no mercado nos últimos 15 anos.

A mídia torna evento uma coisa ruim, porque a lei quer que os EUA aumentem impostos, deixem de subsidiar diversas coisas na economia e ainda impõe cortes de gastos públicos da ordem de 600 bilhões por ano, chamam isso de Fiscal Cliff, um nome pejorativo e que indica desastre.

Como a dívida atual dos EUA cresce a uma cifra de 1,1 trilhões por ano, o Fiscal Cliff vai diminuir a dívida criada em 50% imediatamente, retirando gastos públicos e criando receitas da ordem de 6,1 trilhões em 10 anos, e isso é ameaça ao crescimento baseado em emissão de moeda.

Sabem por que a mídia está chiando?  Porque a poupança criada pelo evento irá levar os EUA a uma recessão, e economizar não é bom, segundo a mídia.

Os EUA estão atacando o resto do mundo com armas econômicas de incrível poder. Esses QE criados pelo FED não passam de uma ameaça ao balanço financeiro global, na medida em que ameaçam o equilíbrio das moedas no mundo.

Enquanto outros países aproveitaram a janela de consumo criada dentro dos EUA, e vendiam seus  produtos para eles, recolhendo moeda e reinvestindo essas reservas comprando títulos da dívida americana, hoje isso já não mais acontece na mesma proporção e os países estrangeiros já iniciaram a quebra desse circulo monetário e de produtos.

Isso ameaça os EUA, que se vê sem condições de financiar sua dívida. Desta forma, comprando a sua própria divida, o FED é o financiador da dívida americana, já acumula quase 50% dela, e essa criação de moeda base do mundo é indiscutivelmente desestabilizadora  da economia global.

Ainda há a ameaça aos países financiadores, China, Japão Brasil e outros de que não devem parar de comprar os bonds americanos, sob pena de ver um desastre econômico acontecer, sem falar na desvalorização que o Dólar, através de emissão de maciças quantidades dele, experimenta. Como dizia Keynes, deva ao banco um milhão de dólares e ficará à sua mercê, mas faça uma dívida de um trilhão e a situação se inverterá.

Na mídia o país se arvora de líder do mundo financeiro, econômico, politico e militar, o grande que nunca quebrará. Pode até ser que a população acredite nisso, mas o mercado, já está com severas dúvidas de como os EUA vão manter essa hegemonia sem que se financie sua dívida.

Até o momento as taxas de juros estão baixas, perto de zero, nos EUA e mesmo com a monetização que ocorreu e que continua em ação, ainda se buscam os bonds americanos como segurança no mercado. Isso se vê nos gráficos de juros dos  títulos  americanos da dívida.

O que não se sabe é se quem compra essa dívida é mesmo o mercado. Já se desconfia que é o FED que mantem essa demanda. Tudo então se reduz a uma questão de confiança. Caso o mercado desconfie de que o mundo deixou de comprar os bonds, o desastre econômico acontecerá.

A única forma de acabar com essa desconfiança é o fortalecimento do dólar através do pagamento da dívida e de uma economia forte e sem déficits. Essa é a receita que o mundo precisa e que os socialistas e banqueiros lutam para não acontecer.

 Cedo ou tarde o capitalismo prevalecerá. É preciso pensar de que forma o mercado fará seu expurgo; de forma branda e normal, através da recessão, ou de forma intensa através da depressão econômica, que varrerá do mapa hegemonia americana e boa parte do mundo junto com ela, sem falar do modo de vida americano.

Esse é o debate nos bastidores nesse momento e a população dos países em que está acontecendo a austeridade está protestando fortemente contra isso. Assim é devido às promessas de vida boa que os políticos socialistas deram a essa população.

Uma coisa é certa, não se pode comer dinheiro, e se a inflação for adicionada nessa equação, temo pelo pior. Vamos ver se os políticos encontram um meio termo para economizar e crescer ao mesmo tempo, mesmo que pouco.


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