Toda essa alta no SP500 esteve baseada em dois eventos reais.
O primeiro era a possibilidade do FED e do BCE entrarem atirando com seus canhões
de QE. Na Europa isso é um fato, apesar de não quantificado, o BCE entrou
comprando os títulos da Espanha e da Itália nos últimos dias.
O segundo evento foi o anúncio dos últimos dados econômicos nos
EUA, que vieram mostrando uma recuperação da economia, pequena ainda, mas isso
praticamente elimina a possibilidade imediata do FED colocar seus canhões
funcionando em setembro.
A situação financeira na Europa, EUA e Japão, é
irremediavelmente ruim. Em curto prazo, não há como consertar o rombo
financeiro causado pela dívida. Será preciso mudanças nos impostos e corte de
gastos em algum momento no futuro. A receita atual é disparar QE infinitamente,
aliás, essa é a única saída imaginada pelos Keynesianistas para poder empurrar
o sistema funcionando no futuro.
A situação na Europa está fervendo, a panela está fechada e o conteúdo começa a borbulhar. A
mídia ignora o fato aqui no Brasil e o mercado faz o mesmo. Enquanto isso o BCE
diz ter o poder de imprimir dinheiro infinitamente. Isso é uma escolha de
palavras difícil de engolir, principalmente para o mercado. Infinitamente quer
dizer 200 trilhões? 2 trilhões?
E então vem o preço do petróleo. Com esse “infinitamente”
jogado ao mercado, somado às palavras do primeiro ministro de Israel semana
passada, reportadas no jornal israelense com o seguinte teor:
“The Tel
Aviv-based newspaper Haaretz also reported on August the 10th that Netanyahu and Israeli Defense Minister Ehud
Barak are considering bombing Iran’s nuclear facilities before the presidential
elections in the US. In addition, Shlomo Brom, a former Israeli army commander,
said the nation is now actively planning civil-defense measures.
These
measures would include implementing a text messaging system to alert the public
to missile attacks, mass distribution of gas masks for their population, and
bomb-shelter drills for students returning to the class room. This was
reported by the newspaper Yedloth Ahronoth reported on August 15th.
A war in
the Middle East would send oil prices soaring towards $200 per barrel, which
would immediately usher in a worldwide depression.....
A pressão no preço do petróleo não precisa de mais nenhum impulso
econômico. O medo se encarregará de fazê-lo subir, somado ao “infinitismo” da
impressão de moeda pelos malucos no poder.
A alternativa, deixar de gastar, economizar, poupar e pagar
a dívida, só vale para aqueles que têm o nome no Serasa. Os governos não podem
ser inclusos na lista de maus pagadores, já que têm o poder de imprimir
dinheiro e pagar a conta.
Para o mercado, que sabe dessa situação, o baile dos
governantes não tem a menor importância. Quando os preços chegarem ao seu
limite tudo vem abaixo, quer os governos gostem ou não.
A situação se resume
em termos uma recessão imediatamente, ou termos uma recessão muito pior, talvez
até uma depressão econômica mundial, no futuro.
Quem sabe se o mercado financeiro não implode antes dos
pensadores terem pensado numa saída que não soltar a inflação de sua jaula.
Mas o mercado está subindo, o que deixa uma sensação de que tudo está bem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário