Os EUA, Brasil, alguns países da Europa, como França e
Inglaterra, o Japão, a China, todos olham para os exemplos da Grécia e Espanha
e ficam horrorizados com o que aconteceria a eles próprios caso escolherem o
corte de gastos e acerto das contas públicas como opção para crescimento
futuro.
Não, eles todos optaram pela continuidade da gastança. Só estão
cometendo um erro; taxa de juros negativos.
Até agora ninguém reclamou porque os bancos, fundos de
pensão, empresas de grande porte, sabem do risco que correm do esquema
desmoronar.
Mas essa situação não pode ser mantida para sempre. Já se
fala por ai de aumento de taxas de juros. Por quê? Já está tudo consertado? Não
há mais crise?
Não, o que está acontecendo é que o mercado está fazendo o
seu movimento natural.
Enquanto o mercado se
via ameaçado pela deflação ninguém reclamou muito pela impressão ilimitada de
dinheiro, ao contrário, o mercado vem comemorando. (mesmo que a cada vez que se
permite mais dinheiro impresso, ou gastos, a comemoração seja menor em termos
de altas nas bolsas)
Andamos numa corda bamba e nas alturas. O objetivo das taxas
de juros baixas é fazer com que empresas e bancos invistam na economia e criem
empregos para colocar a roda em funcionamento, além de não aumentar as dívidas
do governo e aliviar seu pagamento.
O mercado vê que não é assim que funciona nesses novos
tempos a teoria antiga. Compra porque quer se defender do que os Bancos
Centrais têm por objetivo, a inflação, ou seja, a desvalorização do dinheiro e,
por conseguinte das dívidas. Juros negativos diminui a dívida dos países.
Na verdade essa situação já atingiu o limite para muitos
fundos de pensão ou investimentos. Qualquer que seja o fundo não há receitas há
pelo menos 5 anos. A situação é critica. Sendo assim eles não vão mais comprar títulos
(já não estão comprando faz tempo) e isso é o que move o FED, por exemplo, a
comprar sua própria dívida. É um movimento suicida, mas legal.
Pena que eu mesmo não possa emitir reais e pagar as minhas
dívidas, seria considerado um falsário, e se vale para mim vale para os Bancos
Centrais, são todos falsários, mentem para a população sobre a situação econômica
real.
A situação ideal seria que o mercado baixasse o preço do petróleo,
que a taxa de juros fosse a normal, 6% ao ano para os rentistas e aplicadores
de poupança, pleno emprego, sem inflação e recursos ilimitados e infinitos. O que
temos é um esquema montado para esconder as dívidas e, enquanto o mercado não
tem consciência dela, tentar diminuí-la.
A não ser os EUA, todo mundo está de barba de molho nos
gastos públicos, pelo menos isso é o que informa a mídia controlada pelos
governos. Na verdade os políticos querem a manutenção dos gastos, caso
contrário, perderão a boca livre.
Mas voltando ao mercado, ele não quer e não pode mais comprar
títulos de dívida dos governos. Não a essa taxa de juros. Os governos por sua
vez não podem mais fazer nenhuma rodada de dinheiro impresso para comprar sua própria
dívida, pelo menos não abertamente. O resultado disso é a total impossibilidade
de refinanciar dívidas dos governos e a consequente oferta de taxas de juros
positivas para poder, então, captar dinheiro no mercado e rolar dívidas.
Esse movimento é a verdadeira ameaça às bolsas. Mas não por
muito tempo. Se o mercado puder ser remunerado sem riscos, as coisas vão andar
por mais alguns anos no equilíbrio.
Aqui no Brasil o mercado subirá se houver inflação. Isso é
definitivo. Os papéis que movem a Bovespa já estão preparando a alta. A situação
da economia brasileira está se deteriorando e o mercado não tem juros
positivos, portanto, ou foge para o dólar ( um perigo se o dólar perder
confiança) ou foge para a bolsa. O pessoal da poupança, quando ver que está
perdendo sua poupança no esquema fraudulento em andamento no mundo, vai fugir
de lá como o diabo foge da cruz.
É de fato uma situação esdruxula. Economia caindo e bolsa
subindo.
Oposição questiona governo sobre manobras contábeis
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