A luta continua. Entre economistas palpiteiros e entre países. A guerra monetária está em novos patamares.
O povo, feito barata tonta, não está entendendo patavinas do novo normal.
Na Europa os países não podem imprimir dinheiro, comprar suas próprias dívidas e desvalorizar a moeda. Desta forma lidam com uma recessão continental desde 2011, a austeridade lhes é imposta pelo simples fato de que eles não podem emitir dinheiro e nem comprar a dívida privada para que os contribuintes do futuro paguem a conta dos outros.
Nos EUA a situação é bem diferente. Eles podem imprimir dinheiro e comprar a dívida privada para que o contribuinte pague a conta dos outros. O plano é pagar a dívida parte com aumento de impostos, já a caminho e em fase de execução, e com inflação futura. A segunda parte do plano não está acontecendo.
O novo normal não distribui dinheiro às pessoas, como é feito aqui no Brasil, R$ 120,00 por cabeça. Bem, não distribui ainda. O que se assiste é: quanto mais dinheiro comprando títulos do governo e mantendo as taxas de juros baixas, mais as bolsas sobem e mais a economia apresenta resultados pífios. Portanto, em pouco tempo o FED é capaz de vir com a ideia de mandar um cheque para todos os CPF registrados nos EUA (No caso o número do Social Security).
O mesmo se passa com o Japão. A meta de inflacionar a economia e a moeda japonesa é tão real para os japoneses, povo que faz o que planeja, que as taxas de juros pedidas para rolagem da dívida japonesa, ao invés de cairem a zero, subiram a 8,6% ao ano. Bolsas para cima e dinheiro desvalorizado, é o que é.
A Europa precisa de uma super-desvalorização do Euro, de outra forma não vai sobrar nenhum indústria em pé. Inflação é a meta perseguida. Como fazer isso? A lá Delfin Neto, numa canetada?
Nos EUA o déficit público começos a cair em final de abril. Não porque o governo parou de gastar, mas porque aumentou os impostos. Ninguém reclama. O debate é outro: E quando o FED parar, se é que vai parar um dia, de imprimir dinheiro?
Bem esse é o lado pessimista da realidade. O lado otimista foi dado ontem numa entrevista na CNBC. Tepper, um milionário, disse que as bolsas estão baratas e assim o SP500 subiu 40 pontos, claro que com a ajuda do FED que comprou de uma tacada 3,4 bilhões em ativos de toda a natureza possível.
O FED, com seu poder de impressão, está comprando todas as empresas americanas, e, claro, vai ficar com a dívida a ser paga aos aposentados dessas empresas. O FED vai ter de comprar todo o débito das cidades e estados americanos, e ficar com a dívida de todos os aposentados. O FED é o motor que mantém a economia americana rodando. A gasolina (dólar) nunca vai acabar.
Eu que não queria estar nascendo agora. Vou ter de pagar essa dívida incomensurável ao longo de toda a vida.
Vou? Que nada, o mundo vai ser muito melhor do que agora. Afinal isso tudo vai ter um final, feliz ou não, não importa, basta que se acabe com essa discussão inútil e a natureza do mercado resolverá tudo.
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