Os astros da economia se alinham
Por Luiz Carlos Mendonça de Barros - Folha de São Paulo - 17/05/2013
Os sinais de que a economia americana está deixando para trás a crise em que se encontra desde 2008 são cada vez mais sólidos.
Nesta semana, o COB -órgão do Congresso americano responsável pelo acompanhamento das questões orçamentárias- publicou um relatório atualizado sobre a situação do deficit fiscal nos Estados Unidos neste primeiro trimestre de 2013.
Sob o impacto de uma nova lei de gastos, aprovada por pressão do Partido Republicano, o desequilíbrio fiscal do governo Obama representa apenas 4% do PIB, contra expectativas anteriores que falavam de algo próximo aos 5,5%. Em 2010, ele chegou a mais de 10%!
E o COB vai mais longe ao prever que, se não houver mudanças na lei atual, o deficit fiscal em 2014 será de apenas 2,6% o PIB.
Para que isso seja verdade é preciso comprovar, por enquanto é apenas mais uma previsão. Alías, a verdade está pára ser demonstrada em todos os mercados, desde o mercado de juros, ações e ouro, todos manipulados desavergonhadamente pelo governo.
Ou seja, os Estados Unidos, depois de quase cinco anos de crise, consegue ficar de pé novamente com a volta do crescimento sustentado e da estabilização da dívida pública em cerca de 70% do PIB.
Conforme venho demonstrando neste site, os dados economicos são diferentes do que a mídia diz.
Bem longe do cenário de catástrofe previsto por muitos é um avanço extraordinário que abre espaço para que a maior economia do mundo volte a crescer a taxas superiores a 3% em 2014 e nos anos seguintes.
Resta ver se isso se tornará verdade, as chances são boas, mas isso não é uma verdade, é apenas uma previsão.
Para chegarmos a esse cenário rosa falta um último passo: a normalização das condições monetárias no país do Tio Sam, com a esterilização de quase dois trilhões de dólares de excesso de liquidez e a normalização da chamada curva de juros de longo prazo.
Quer dizer, tudo isso dito acima precisa acontecer com o FED retirando de circulação 2 trilhões de dólares? Em quanto tempo? 50 anos? 30 anos ? 10 anos? 5 anos, em 2014 e 2015?
Os maiores riscos em relação a esse evento que no limite pode estragar a festa que todos nós esperamos- estão ligados ao comportamento especulativo que deve ocorrer nos mercados financeiros do mundo todo quando o FED começar a se mover.
Comportamento especulativo? Essa porra vai derreter feito picolé fora da geladeira - desculpe a rudeza de meus têrmos, mas meu lado italiano não aguentou?
Muitos agentes olham para essa normalização pelo lado dos riscos que podem ocorrer com o aparecimento de um "super dólar" nos mercados de câmbio.
Normalização. Então já está implícito que o que estamos assistindo não é normal, portanto tentar me convencer que voltar ao normal vai ser como mandar o Gênio piscar, desculpe, não vai dar.
Nessa situação, dizem estes eternos arautos dos desequilíbrios das economias de mercado, os preços das commodities vão derreter e, países como o Brasil, entrarão em crise.
Muito pelo contrário, o preço das commodities vão se normalizar conforme a oferta e procura. Brasil não vai entrar em crise, já que a escassez mundial é evidente, é por isso que vamos continuar a entragar nossa montanha de minério de ferro. Não quero nem ver quanto o mercado voltar a vender e comprar conforme a lei natural. O Brasil entrará em crise apenas pela incompetência dos nossos governantes, e não por outro motivo.
Prefiro considerar o cenário do "super dólar" pelo lado positivo, com a economia americana funcionando como uma alavanca para o resto do mundo, inclusive o Brasil.
Esse tal superdolar é balela. O dólar acabou, o dinheiro fiducíario é, como evidenciado, um Ponzy esquema. Vai acabar, escreve ai.
Nessa hipótese, o ajuste da economia chinesa, que já está em curso, vai se fortalecer e o fantasma do "hard lending" -aterrissagem forçada- na segunda maior economia do mundo vai para o armário das catástrofes anunciadas e não acontecidas. Juntas, a primeira e a segunda maiores economias vão dinamizar o comércio internacional e irrigar as economias nacionais em várias regiões.
Discordo. A economia Chinesa é uma incógnita. Ninguém sabe nada sobre dados estatísticos chineses, eles são uma mentira comunista e ditatorial. Quando a bolha imobiliaria e a inflação, ambas explodirem, não quero estar perto para ver o povo fazer a nova revolução.
Vamos entrar em um período de crescimento sustentado, o mundo voltará a viver dias de maior otimismo e ficar longe dos fantasmas que assustaram os mercados nos últimos cinco anos.
Ahahahaha. Vai durar meia hora.
Ontem soubemos de mais um dado que reforça este cenário de astros alinhados na economia mundial a partir de 2014. Como um primeiro resultado da corajosa mudança de rumos na política econômica da agora terceira maior economia do mundo, o PIB do Japão cresceu 3,5% em bases anuais no primeiro trimestre deste ano.
É, com uma dívida de 500% do PIB o Japão vai pagar a dívida via inflação. Bem ao feitio do governo brasileiro na década de 80/90
Pela primeira vez em muitos anos, o consumidor japonês abandonou seu comportamento conservador e, estimulado pela alta da Bolsa de Valores de Tóquio e da perspectiva de um "boom" econômico, foi às compras com vigor.
Tanto é que o juros para rolar a dívida voaram para 8,6% ao ano. Estão imprimindo dinheiro para monetizar a dívida, já que ninguém quer comprar dívida japonesa. Você sabe bem onde isso acaba, diga a verdade. Assim que a China começar a vender esses títulos, você vai ver o mundo cor de rosa acontecendo.
Dos 3,5% de crescimento do PIB no trimestre, 2,4% vieram do consumo das famílias. Se finalmente o Japão conseguir sair da armadilha da deflação e juntar-se aos Estados Unidos e à China, meu otimismo com um novo período de crescimento da economia mundial ficará ainda mais reforçado.
O leitor da Folha pode perguntar nesta altura sobre a Europa, o outro bloco econômico importante no balanço da economia mundial. Na minha opinião, a Europa é o elo mais frágil nesse cenário de recuperação, pois ainda se encontra paralisada pelos conflitos ideológicos entre o norte e o sul.
E vai ser, no meu cenário, apenas um figurante de menor importância e que se beneficiará do crescimento dos outros países para caminhar para frente.
A europa economicamente é o maior bloco da economia global, por isso é que será um figurante de menor importância, não é?
Fonte: Jornal Folha de São Paulo - 17/05/2013
Os escritos em vermelho são meus.
Bem desonesto frente a realidade esse artigo do grande economista. Mas, vamos ser otimistas, não é? Quem viver verá.
De papo furado já estou cansado. E saber que o povo brasileiro vai escolher entre o psdb e o pt me deixa doente.
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