O mundo padece de uma doença global, monetização. Foi criada
uma maquina de crédito global que inflou uma bolha planetária, massiva e incontrolável
se estourada.
Muitos países se utilizaram desse crédito para crescer,
construir o que se conceitua como riqueza.
Mas como na contabilidade as contas têm de zerar, ao lado do
ativo acha-se o mesmo montante de passivo, já que a maioria dessa riqueza não foi
feita de poupança e sim de gasto e dinheiro não existente.
No entanto todos estavam pensando que estão ricos, até que
as contas a pagar começaram a deixar de ser pagas.
Tudo começou lá nos EUA, quando num evento não mais passível
de identificação, alguma pessoa deixou de pagar uma prestação de sua hipoteca
e, em seguida, outra e mais outra e assim o dominó começou a cair.
Não é mais possível, por razões obvias, que a desalavancagem
do crédito não aconteça na economia global.
Quando os sintomas tendem a amentar os efeitos da febre os BCs, em ações coordenadas, vão ter de imprimir um pouco mais de dinheiro para acalmar a dor nos mercados. Esse é exatamente o caso no momento.
Quando os sintomas tendem a amentar os efeitos da febre os BCs, em ações coordenadas, vão ter de imprimir um pouco mais de dinheiro para acalmar a dor nos mercados. Esse é exatamente o caso no momento.
Os governos, mesmo os geridos pela Cleptocracia, caso da
China, Brasil, Rússia, que têm algum controle sobre os bancos estatais e
através do seu controle podem, ainda por algum tempo, adiar o inevitável, o
calote geral e a desalavancagem no sistema ao final do processo.
O Caso da China é muito mais grave, pois se espera que esse
país possa salvar o mundo mantendo o patamar de consumo geral. Não irá
acontecer, pois a China é apenas um peão no jogo do crédito. Está do lado
credor, portanto sua queda vai ser muito pior do que a do lado devedor.
A China, como já disse aqui antes, tem hoje massiva supercapacidade
de produção e está no limite de sua capacidade de manter o crescimento. Como tem
de fazer isso, fará a qualquer custo, inclusive deflacionando os preços do
planeta, dando na verdade continuidade ao processo iniciado nos anos 80. O resultado
de “vender a qualquer preço” será queda nos preços, queda de lucros, não
pagamento de empréstimos tomados. (mais)
A China não é um milagre terráqueo. É apenas mais um país
que está no jogo do crescimento de um sistema que pressupõe crescimento
infinito.
Estamos vendo na Grécia e Espanha, hoje, ao vivo, o que acontece
quando aquele dominó que está caindo atinge as contas dos governos.
Um a um, vamos todos fazer parte da mudança de sistema, esse
que está ai acabou e vamos ter de pagar a conta, ou não?
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