prof. Paulo..
o gov. brasileiro tem fôlego para manter o dólar neste patamar quando ele cair lá fora? Ou a mídia conseguirá manter este "nível cerebral" nos compradores de ações?
pergunto isso pq está hilário ver os canais de notícias..
O mercado está sendo sustentado pela burrice alheia?
o gov. brasileiro tem fôlego para manter o dólar neste patamar quando ele cair lá fora? Ou a mídia conseguirá manter este "nível cerebral" nos compradores de ações?
pergunto isso pq está hilário ver os canais de notícias..
O mercado está sendo sustentado pela burrice alheia?
No momento comprar dólares já não é uma preocupação de nosso
governo. Para manter esse patamar o governo fez um grande esforço na impressão
de moeda para comprar os tais dólares que costumavam entrar no país.
Mas esse mês passado
nossa balança comercial foi positiva em apenas 1,7 bilhões de dólares aproximadamente.
A tal crise está tornando as coisas relativamente fáceis no que tange o valor
do dólar em relação ao valor do real. A situação mudou para a direção
contrária.
Quanto à quedado dólar lá fora, vamos ter de esperar algum
tempo. Agora a bola da vez vai ser o Euro.
Com a posição que os países mandatários da
zona do euro estão obrigando os periféricos a tomar em relação às contas
publicas, isto é, devem diminuir o déficit público, é quase certo que a Europa vai
enfrentar uma recessão.
Em seguida vai ser a vez dos EUA pagarem a conta. Ai eles é
que vão entrar em recessão.
Esse é o movimento certo, economicamente falando, a se
fazer. Conserto das economias por fases, sem deixar a crise se agravar.
Só que esse plano, em minha opinião não vai dar certo. Quando
a recessão na Europa ficar evidente, e se por acaso arrastar a França e a Alemanha
para o redemoinho, poderemos ter um vendaval econômico global.
O perigo dessa situação é a tomada de decisão dos governos em darem continuidade à impressão monetária, e
a inflação acontecer de maneira global.
O fato dos dirigentes das economias ricas quererem que a
crise seja esquentada em banho-maria, simplesmente comprando tempo com dinheiro
impresso, impõe esse risco inflacionário, isso não se pode negar.
Eles avaliam que é preferível
um pouco de inflação a uma espiral deflacionária.
Então fique tranquilo, porque se a inflação vier e o dólar se
desvalorizar mesmo, não adianta você ter nada que não seja um bem tangível nas
mãos. (ouro, prata, terras agriculturáveis e com água, ações de empresas
ligadas as commodities)
Aqui no Brasil vamos enfrentar a inflação, já estamos com
uma inflação na casa dos 9% ao ano na vida real.
Mais três meses e a situação
vai sair do controle governamental. Então o governo vai ter mais é de vender dólares
para manter os preços baixos.
Isso é exatamente o que o governo queria, portanto fique
preparado.
Se a crise se agravar do lado do consumo e da deflação tudo
se inverte para o Brasil. Nesse caso vamos vender menos em termos de valor
monetário, porque os preços dos produtos exportáveis vão cair por um tempo. O dólar
vai subir já que teremos pouco dólar entrando no país e os preços dos produtos
industriais brasileiros vão parar na lua. Exatamente como era nos anos 80/90.
Quanto às bolsas, se houver recessão lá fora, vamos cair
para o patamar dos 40.000. No caso da inflação acontecer, a coisa pode explodir
de maneira incontrolável para cima, mas isso de pouco adiantará.
Estou torcendo feito corintiano para que as coisas se
acalmem, e parece que está dando certo. Se o povo americano consentir um
aumento de impostos da ordem de 10% por lá, mesmo que aconteça uma leve
recessão, as coisas voltam a andar corretamente.
Então fique atento para virar a mão para as compras se a
inflação começar a aparecer nos índices Americanos e Europeus principalmente, e
fique vendido se quem ganhar for a deflação e uma recessão aparecer. Reze para
que seja leve e breve.
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