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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Mudança




Neste momento, antes de qualquer acordo de mais gastos, ou pelo menos de não aumento de impostos, ou cortes de gastos públicos, é próprio de o mercado ficar na indecisão.

 Ora acreditamos no poder dos políticos em não cortar gastos, ora acreditamos em que eles façam a “coisa certa”.

 Bem. A coisa certa difere para cada um dos times que estão jogando o jogo.

 Para o governo americano do Democrata Obama, no momento com o leme nas mãos, o certo é continuar a gastança. 

Há alguns indicadores de que a economia americana está retomando o crescimento, principalmente se olharmos para o que chamam de Housing Starts, ou seja, permissão para que se construa um imóvel.

Veja o gráfico.



A aceleração no total dessas permissões está subindo rapidamente, e não parece apenas um repique. 

Querem nos fazer acreditar que a festa da valorização dos imóveis está de volta.

Não é de se estranhar que com 5 anos de taxa de juros a zero, e mais a promessa de que só se aumentará taxa de juros nos EUA, quando o pleno emprego estiver em ação, o mercado queira mesmo acreditar nos dados econômicos.

Isso é argumento para que os socialistas ganhem a luta que está em andamento no Congresso americano entre os Democratas e os Republicanos.

O outro lado quer que se faça economia, poupança. Querem que o povo viva conforme suas verdadeiras posses. Isso traria uma recessão à principio.

Mas é próprio do mercado esses ajustes, argumentam, sempre, que depois da tempestade virá a bonança e o mercado mostrará a sua pujança no devido tempo.

Não deixar isso acontecer é um erro crasso, segundo eles.

O mercado, antes da decisão, penderá ora para um lado, ora para o outro.

Em minha modesta opinião não será desta vez que o governo americano vai deixar de gastar. E também o cunho socialista da questão virá com o argumento de sempre: quem deve pagar a conta são os ricos.

Segundo as melhores estimativas, Obama vai tungar dos ricos esse ano de 2013 cerca de U$ 800 bilhões. Nada mal, mas isso é menos de 1/16 da dívida de curto prazo. Não dá nem para encher o dedal.

Enquanto essa discussão inútil continua, é apenas uma distração para a mídia usar para desviar a atenção do real problema.

 E qual é o problema?

Bem meus caros, o governo americano, através do FED e seu programa de QE, está comprando cerca de U$ 75 bilhões por mês de sua própria dívida. Quase 100% do que arrecadará do bolso dos ricos.

E por que esse é o problema? Porque se o FED está comprando sua dívida é porque já não consegue rolar com capital privado, ou de outros países, o total necessário mês a mês para o bom andamento da economia.

Esse governo precisa desesperadamente de manter o financiamento público e, se cortar gastos antes de mostrar crescimento econômico, estará morto.O mercado vai desconfiar de sua lisura e transparência.

O discurso do FED, através do Ben Bernanke  ontem em NY demonstra o desespero do FED em relação aos políticos, e da situação em que estamos todos metidos.



Eu sei que de uma maneira ou de outra, agora ou mais tarde, a conta vai ter de ser paga. Estou torcendo para que os exemplos contidos na historia da civilização não se repitam, e que Bernanke e Obama estejam certos.

O que eu realmente sei é que dai vai sair um novo sistema, e que essa mudança já está em andamento.



Outra coisa notável neste momento do mercado, é que estão aparecendo diversas companhias, grandes conglomerados, bancos, todos eles maquiando os balanços e escondendo prejuízos bilhardários. Fiquem atentos.

Outro Tópico que vocês devem prestar atenção é na Falência da Argentina, muito perto de acontecer, ou de alguma mágica à lá Menem, tipo desvalorização cambial ou coisa que o valha. Pura procrastinação da realidade tudo isso que está acontecendo, aqui, lá e acolá.

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