Direto ao Japão, sem escalas, para observar o tipo de
problema fiscal de longo prazo que enfrenta o país. Tem de reconstruir o
desastre natural acontecido no último tsunami e precisa de dinheiro para isso. Tem
de arrecadar, e a economia não cresce.
Não tem para onde crescer de qualquer
forma. Para dentro, não há território, a população envelhece, as usinas nucleares já não são mais aceitas pela
população e está contaminado com radiação de norte a sul e de leste a oeste. Aquilo
lá é um desastre econômico em andamento. Só não é pior porque aquele povo é
digno de inveja.
De lá vamos para a China, não de barco porque a China e o Japão
estão lutando por recursos que se encontram no mar e estão quase entrando em
vias de fato.
Entrando em território Chinês, tem-se a impressão de que o
que se divulga por lá é mesmo falso. O país parece estar tomando banho de
espumas, tamanha a quantidade de bolhas econômicas voando por lá. Há uma bolha
de crédito, outra no setor imobiliário, enorme, a economia inteira é uma enorme
bolha baseada em crédito e não em investimentos
feitos em cima de lucros reais. Além
do mais está atolada em títulos americanos que em última analise, em breve
futuro, não vão valer absolutamente nada.
Voltemos metade do caminho e vamos desembarcar na Europa,
onde já temos dados econômicos mostrando que o crescimento econômico já é
negativo por dois trimestres consecutivos, isso, tecnicamente, se chama
recessão. Diga-se de passagem, o mundo parece ignorar esse fato, à despeito das
quase diárias manifestações, pacificas e não pacificas, espalhadas pela região.
De lá, não queira nem
saber o que acontece ao Sul daquele bloco econômico. Com todo o Oriente Médio
sendo um barril de explosivo plástico prestes a ser detonado, e com algumas
bombas, bem miradas, explodindo sobre pessoas andando de carro pelas ruas, e
fora a chuva de misseis que está em andamento em Israel.
Essa temperatura na
região está mantendo o preço do petróleo lá em cima e isso atrapalha o mundo
inteiro, a globalização e o crescimento econômico, tal como conhecíamos no século passado, com o
preço do barril de petróleo a U$ 10,00 ou mesmo U$ 40,00 naqueles dias.
Indo de lá para os EUA, onde os políticos prometeram que, se
até o final de 2012 o mercado não se recuperasse, mesmo com a tentativa de facilitação do crédito
através de juros baixos, impressão monetária, compra de sua própria dívida,
compra dos papagaios não pagos pela população nas hipotecas aos bancos, retirada
de falências de grandes conglomerados econômicos, financeiros e industriais, via impressão monetária e outros truques contábeis e macroeconômicos, o
governo iria iniciar o plano de pagamento e diminuição da dívida publica, o tão
temido Fiscal Cliff.
No entanto, por lá, os políticos socialistas querem evitar a
qualquer custo a contração econômica e a criação de riqueza real.
Visto que assistem a dados econômicos, que se deterioram a
cada dia que passa, tipo os do mês passado e da semana passada, onde o FED
mostrou em um de seus mais importantes índices, o tal do índice de Philadelphia,
que veio com um número de -10,7 para o
mês de outubro, em confronto com + 5 no mês de setembro, parece que os políticos não têm escolha. Tal queda indica que
estão caminhando para uma piora considerável no próximo trimestre no setor
manufatureiro, na criação de empregos, e, portanto, no crescimento econômico esperado, portanto algo tem de ser feito. Para eles a atual situação tem de ser prorrogada.
Os EUA estão se deteriorando economicamente assim como todo
mundo, menos o Brasil, que vai crescer 4% em 2013, não é?
Ai, as bolsas, olhando toda essa situação, começam a cair, e
está todo mundo esperando o repique. Ele vai acontecer porque as bolsas são
assim mesmo, mas se durante esse repique, a magica do crescimento econômico baseado
em dados estatísticos confiáveis e criação de empregos e consumo, não acontecer,
e para isso temos alguns dias apenas, as bolsas tornarão a cair. Se isso
acontecer ficará estabelecida a tendência de queda. Nesse caso tome um analgésico,
porque vai ser muito dolorido.
Depois desses 5 anos de Quantitative Easing, juros a zero, e
compras de ativos bancários, o governo dos EUA conseguiu diminuir a exposição e
alavancagem dos balanços dos conglomerados financeiros, isto é, dos bancos
grandes demais para falir, de 50 para 1 ( 50 dólares no jogo, e apenas 1 dólar
no bolso para pagar a conta caso perca a aposta feita) para 30 para 1.
Os credores, ou prováveis vencedores na aposta, não vão
receber nunca, por isso ou os bancos ganham a parada ou...Não há mais nenhuma bala na agulha dessa bazuca americana.
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