A inflação está levando a melhor.

Parece.

Com o recente discurso do presidente do BCE prometendo mais compra de títulos da dívida europeia o resultado, além de elevar o preço das ações, derrubou o Euro em relação às outras moedas.

Bom movimento para a Europa como um todo, tornando os produtos europeus mais competitivos e, como esperam os economistas, contribuindo para a retomada econômica na Europa.

Claro que ao mesmo tempo há efeitos colaterais importantes, não lá, mas no resto do mundo. Todo o resto do mundo perdeu competitividade, inclusive os EUA, a China, e evidentemente o Brasil.

Há uma espécie de competitividade entre a Europa e os EUA para a retomada econômica. Se um conseguir lograr êxito, será ao custo de derrubar a economia do outro. Ambos estão tentando impor inflação nas economias em ordem de conseguir pagar suas dívidas. Para isso emitem moeda e monetizam a dívida.

Para o mercado não há dúvida aonde essas politicas irão nos levar. Inflação.

 Quando questionados, os políticos dizem que poderão controlar a inflação depois que o mercado for regenerado. Mas sempre há a dúvida do imponderável.

Para qualquer dos cenários que a emissão de moeda nos levar, é certo que as economias dos países emergentes irão sofrer mais do que as dos países “ricos”.

Se nessa guerra cambial houver um vencedor, o resto estará em escombros, e o vendedor não teria para quem vender os produtos a consumir.

Eu não me preocuparia em desvalorizar minha moeda em meio à tão conturbado cenário econômico. A lei da oferta e procura fará o serviço. Com manipulação, ou não, das politicas cambial, fiscal, e monetária, nesse nível de endividamento, a lei do mercado irá prevalecer, e o contrário do que se espera acontecerá.

Jogaram o galo para o alto, espera-se que o galináceo voe para longe, sem cair.

Não se esqueça de que até agora tudo não passou de promessas. Um lado ameaçando o outro com desvalorização da moeda e inflação em primeiro lugar.

Esse é mesmo um mundo de loucos.