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domingo, 15 de julho de 2012

A segunda onda.




Quando se fala de crise, o que todo mundo espera é que a bolsa caia.

Na vida das pessoas comuns nada de diferente acontece nessa hora. Como diria nosso apedeuta mor, crise na bolsa é apenas uma marolinha. Não deixa de ter razão, pois quem só conhece a vida na economia real, não imagina que as bolsas estão antecipando a onda que virá.

No momento estamos surfando a segunda onda da crise, a de maior espectro, e que vai atingir o mundo de forma ainda não sabida em suas consequências.

No momento a crise da Europa já se agravou a tal ponto que as pessoas por lá lutam por sobrevivência e não mais por reformas. Elas virão, mas como disse Paul Krugman semana passada, quando o impossível acontecer.

Mas, sem muito alarde na mídia, e com os dados econômicos simplesmente mantidos no maior segredo possível, quem está no meio do vagalhão é a China.

A China está sendo atingida por diversos problemas. Como a economia por lá é planificada até o último detalhe pelo governo, e como o governo não deixa o mercado funcionar como deve ser, o mercado toma as providências para funcionar assim mesmo, tardiamente, mas o faz.

A China tem supercapacidade de produção. Nem tudo o que se produz por lá é lixo industrial. O setor imobiliário responde por 15% do PIB, dizem.

Como tudo em economia funciona na teoria dos contrários, quando o mundo esperava que a inflação estivesse batendo às portas chinesas, o que vemos é deflação arrasando os preços, e o governo, desesperado, abaixando taxas de juros, comprando dívidas dele mesmo, isto é, fazendo seu QE99, e afrouxando rapidamente sua politica monetária.

O dinheiro do investimento estrangeiro já está, de velho, batendo as asas do território chines. Vocês verão agora que os 2 trilhões de dólares que eles têm em carteira de  reservas, não vão dar para sustentar a briga contra a situação que montaram, nem mesmo por meio ano.

Os EUA e a Europa já estão no processo de acabar com suas dívidas há tempos.  Os EUA, com 4 anos de taxas de juros zero, já eliminou grande parte da dívida. Está quebrando a poupança dos fundos de pensão e as consequências recairão sobre o povo, mas quem liga, temos de continuar vivendo.

O mundo inteiro deverá atuar da mesma forma, baixando a zero a taxa de juros. Os rentistas terão de comer na mão do governo, recebendo pura esmola daqui para frente. O intuito é fazer a economia crescer novamente, puro sonho de uma noite de verão.

O crescimento será negativo por pelo menos 8 trimestres, e agora o discurso será  de uma economia com “crescimento sustentável” de -0,5% ao ano, por baixo.

Claro que nossos governantes, pelo menos a Dilma, já se engajou no papo dos antigos comunistas, agora chamados de progressistas, e discursa dizendo que o PIB não vale tanto como a educação que o governo dá para as crianças.

Pode?




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