É tanto
palpite, tantos protestos contra a crise, que o que se percebe é que os
protestadores mal sabem o que está de fato acontecendo. Hoje, nos jornais e
revistas mais lidos do Brasil, a polemica sobre o que fazer contra a crise
continua.
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/keynes-nao-defendia-estado-forte-destaca-pesquisador
No entanto, os mercados de ações parecem levitar e manter os
patamares de topo, enquanto os dados econômicos parecem estar cada vez mais fracos e deteriorados e, parece, se agravando.
A intervenção estatal hoje se limita à ação defendida na
tese do economista Ben Bernanke, Presidente do FED, à época de seu mestrado,
onde defendia a impressão monetária como resolução para a crise de 1929.
Desde a eclosão da crise em 2008, o mercado, segundo os
economistas, já recebeu cerca de 20 trilhões de dólares, se somados os aportes
e estímulos em toda a economia global.
Mesmo assim, constata-se, o crescimento foi pífio e há no
mundo países em depressão econômica, caso da Grécia e Espanha.
A desaceleração econômica é muito evidente e os mercados estiveram
se valendo da promessa de mais impressão monetária para manter o patamar de
preços e a esperança de que esse remédio, Keynesiano, ou não, resolva a questão
do crescimento econômico.
Semana passada, o PIB americano para o segundo trimestre foi revisado para 1,3% de crescimento, de uma coleta de dados anterior que
mostrava 1,7% de crescimento, ou seja, uma mudança para pior. Junto com isso, os dados da renda dos americanos mostrou ter encolhido 0,3% no mês de agosto.
Talvez seja exatamente por causa disso que o FED resolveu dar mais estímulos
ao paciente, mesmo que esse acabe morrendo de febre inflacionária. Junto a esse
dado econômico juntou-se a ele que as atividades industriais nos EUA caíram no
mês de setembro, novamente.
No entanto, dados econômicos ruins não impediram os
investidores em ações de mandarem seus investimentos em bolsa, ouro, petróleo e
commodities em geral, para cima. É o paradoxo.
Não há crescimento econômico, ou lucros nas empresas para
sustentar a alta dos ativos, apenas a tentativa, parece, desesperada, dos
Bancos Centrais mundiais agirem de modo coordenado para imprimir dinheiro e lança-lo
ao mercado, além é claro, não podemos esquecer, da venda de milhões de telefones celulares.
Quando se olha realmente para o que deveria sustentar os preços, a lei
da oferta e procura, vemos graves distorções.
Olha-se para a Europa e o que se
vê são os países em crise nas suas contas públicas lançando programas de corte de
despesas, ao invés de programas Keynesianos de estímulos econômicos, contra, é
claro, ao grito popular.
Na Espanha o desemprego atingiu 25% e foi lançado um
plano de conserto econômico que vai retirar mais dinheiro do populacho. No
entanto as ações do IBEX subiram 30% nos últimos dois meses. Parece uma
tentativa de adivinhar o fundo. Isso demonstra a esperança, e a confiança do mercado, nos políticos
e fazedores das politicas econômicas da economia global.
Da mesma forma, se olharmos para a China, veremos que a
situação por lá não é diferente, mesmo
que os dados econômicos não sejam divulgados conforme o mercado gostaria de
ver.
Há crescimento econômico na China, segundo os últimos dados
divulgados, por enquanto. Mesmo assim, estímulos estão sendo injetados na
economia de maneira sem precedentes. Aliás, na China nunca houve precedentes,
não é?
A mesma situação de estímulos econômicos acontece no Brasil.
Atitudes como essa, de ignorar a realidade e confiar no que
estão fazendo os economistas responsáveis pela sustentação do valor da moeda, e
do saudável crescimento econômico, são sim inéditas na historia da humanidade.
Dar
de ombros ao perigo não é a reação esperada, mas parece que as pessoas não tem
mais medo, confiam já plenamente no Estado Nacional e na aparição de uma Bolsa FAMÍLIA qualquer para não deixar as coisas saírem do controle.
Parece que o que
estão tentando fazer é alimentar o povo com dinheiro.
Grande Nathal.
ResponderExcluirAcho que este pessoal anda lendo o seu blog. Veja isso:
http://gainspainscapital.com/2012/10/01/why-you-should-be-very-afraid-of-inflation/
abs /// Nei