Se você tem algum, mesmo que parco conhecimento de economia,
e já viveu mais do que 40 anos deve estar desconfiando de que há alguma coisa
errada com o movimento econômico de nosso governo.
Estamos vendo a inflação crescer (já não se fala mais nisso
com a importância de antigamente no jornal nacional, não é?) e ao mesmo tempo o
governo estimulando a economia baixando juros e com “medidas
pontuais”.
Uma delas um verdadeiro acinte ao mercado livre, uma ação
protecionista não vista em tempos modernos, taxar importação para defender a
indústria nacional. Quanto a essa medida, foi pouco e tarde demais para a indústria
do aço, por exemplo.
Que eu saiba, o combate à inflação se dava com aumento da
taxa de juros na economia.
Estão fazendo tudo errado, ou tentando jogar contra o imponderável?
Sabem o que mudou nesse conceito? Os economistas já não acreditam que a inflação é resultado da quantidade de moeda existente em circulação e sua velocidade em crescimento, mas sim de quando a expectativa das pessoas piorem em relação aos preços. Inflação não é mais um conceito econômico, e sim um conceito de sociologia.
Sabem o que mudou nesse conceito? Os economistas já não acreditam que a inflação é resultado da quantidade de moeda existente em circulação e sua velocidade em crescimento, mas sim de quando a expectativa das pessoas piorem em relação aos preços. Inflação não é mais um conceito econômico, e sim um conceito de sociologia.
O problema é que esse absurdo econômico é uma ação coordenada
em todos os países da economia globalizada. Acontece na Europa, nos EUA, e na Ásia.
Já há países, avançados
na deterioração da moeda, que estão proibindo seus cidadãos de se protegerem da
inflação. A Índia está criando dificuldades absurdas para se comprar ouro no
país. A Rupia, como se diz no jargão popular, já era.
A tentativa de se conseguir manter as taxas de juros na
economia perto de zero, até que os agentes econômicos cansem de esperar e
invistam suas economias no mercado, está dando certo. O mercado mantém a alta
das bolsas, das commodities e principalmente do ouro e da prata.
Estou esperando o ataque do mercado ao petróleo, e logo
depois das eleições no Brasil, quero estar vendo o preço de nosso litro de
gasolina suplantar os R$ 3,25 na bomba da esquina.
Enquanto a inflação começa a aparecer, os salários começam a
ser corroídos, em modo global, e a renda média irá cair.
O que os governantes
querem conseguir imprimindo dinheiro, é a volta da inflação e com isso vencer a deflação e a crise, criando outra é claro, só para poderem manter o poder e seus empregos.
Não irá adiantar, os dois monstros econômicos estão jogando
juntos, a inflação alimenta a crise e a deflação joga o oxigênio necessário.
Como ninguém mais entende o que fazer com as economias, os
economistas estão rezando para o pior não acontecer.
A pressão econômica imposta pela impressão monetária acabará
explodindo.
Os dirigentes econômicos dizem que ela irá explodir em novos
investimentos. O mercado diz que a pressão irá explodir em taxas de juros mais
altas. Vide as taxas de juros na Espanha e a ação coordenada para comprar os títulos
espanhóis e baixar as taxas de juros que o mercado impõe àquele país.
Os dirigentes apostam em um novo processo econômico contrário
às leis da oferta e procura, o mercado mantém seu conservadorismo – não empresta
dinheiro para pobre com taxas baixas, não corre riscos.
E assim vamos vivendo nossa ópera canora, cheia de canto de
galos, até que um dos lados vença e as cortinas se fechem.
Eu vou apostar com o mercado, não com os políticos.
Eu vou apostar com o mercado, não com os políticos.
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