Império Romano, Alemanha 1923, Hungria 1946, Argentina 1982, Brasil 1989. Inflação

Não é possível sair imprimindo dinheiro para sempre, caso contrário, todos os exemplos acima teriam dado certo, não é?

Nem quero falar de mais outros países que tiveram a mesma ideia que o FED está tendo hoje. O FED atua como se já se soubesse que a Nova Ordem Mundial irá ser implantada após o colapso do Dólar, colapso esse que está claramente preparando.

A taxa de juros para os empréstimos que os EUA tanto precisam para manter a gastança de primeiro mundo, forçadamente colocadas a zero nos últimos 5 anos,(manipulação macroeconômica que trouxe efeitos colaterais que estão matando o paciente, mesmo que a Mídia amestrada nos diga o contrário) está subindo, a despeito da vontade do FED. A troca no mercado daqueles bonds, que o FED está continuamente retirando do mercado via QE, para serem rolados, já exigem taxas de 2,6% ao ano.

Se essa taxa subir mais 100 pontos base, ou seja , mais 1%, é capaz de acionar um gatilho que moverá trilhões para fora do mercado de ações, que irão correr para a segurança dos juros.

Não vai haver algos ou computadores controlando essa corrida. Não vai haver porta para todos.

Vamos ver o que realmente já aconteceu.

Mês passado o FED, através de seu presidente, Ben Bernanke, para fazer um teste sobre o possível comportamento do mercado sobre se ele poderia, ou não, terminar, ou pelo menos diminuir a quantidade de dinheiro impresso para salvar bancos e comprar dívidas, que, diga-se de passagem, jamais serão pagas, causou uma pequena comoção nas bolsas e uma alta de 120 pontos base nas taxas de juros que o mercado exige para emprestar dinheiro aos EUA.

Isso é um fato que pode ser comprovado em qualquer gráfico do preço do dinheiro nos EUA, nos gráficos das Bolsas de Valores por lá.

Logo depois o FED veio a público e disse:

-Nós não vamos fazer o taper, isto é, não vamos parar de imprimir dinheiro.

O que está acontecendo mesmo assim?

O mercado não baixou a sua expectativa sobre as taxas de juros e manteve o patamar da taxa de juros e das bolsas.

Suponha que essa taxas aumentem, apesar do dinheiro não deixar de ser impresso, isto é, não vão parar o QE. Ou, por outro lado, que o mercado perceba que o FED precisa parar de emitir dinheiro rapidamente por causa de algum dos efeitos colaterais que a impressão monetária impinge à economia, como a inflação, por exemplo, mas não vai.

O mercado vai somar 1+1 e ver que o FED não pode imprimir dinheiro para sempre para resolver um problema que exige quantidades de dinheiro menores na economia, mas com velocidade maior, mas mesmo assim o FED passa aumentar o remédio e imprime quantidades cada vez maiores de dinheiro. Isso vai virar um ciclo pernicioso que vai durar muito poucos dias, pode apostar.

O planeta inteiro, por enquanto, está apostando que o FED pode empurrar essa lata pela estrada por muitos anos. Um tick para baixo nessa confiança e vamos ter problemas.

Aliás, essa confiança, se baseia em que se o FED não fizer a manipulação da política monetária, o sistema inteiro cai, e isso não é possível na mente do populacho.


Ledo engano.

O sistema é natural, não é possível ser controlado por mãos humanas que, ainda por cima, ficam fraudando o sistema diariamente.

Essa gente de hoje não têm nenhuma diferença da gente de ontem. Todos estavam, ou estão, tentando controlar o incontrolável.

Em pouco tempo o único emprestador para rolar a dívida americana será o próprio tesouro americano, isto é, vende o almoço para pagar a janta.

E no Brasil? Caso a inflação seja de caráter mundial vai apenas somar-se à inflação interna brasileira, que é um processo que está entranhado na memoria nacional.

Já disse uma vez aqui que se a inflação voltar, essa não vai demorar os 15 anos que durou a anterior. A coisa dessa vez vai ser à jato.

Dólar fechou a R$ 2,28

Entendeu?

Boom.

O que virá depois dessa tempestade?