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sábado, 6 de julho de 2013

O click na rede.




Hoje em dia o que mais tem é análise da conjuntura econômica e política. É tanto palpite, que a mente da gente já não sabe em quem ou em qual opinião acreditar.

Mas as opiniões hoje estão sendo monitoradas, todas. Há programas que capturam as opiniões da rede social e fazem banco de dados que são analisados em tempo real.

Todas aquelas elaboradas opiniões, sobre qualquer coisa, não valem mais nada, o mundo se tornou um rápido CLICK.

Quando se fala de economia então, as coisas não são verdadeiramente o que se lê ou vê. O mundo político que controla a economia tenta esconder da população a verdade, mas estão lá, o tuiter e o feiciboqui para mostrar que a verdade não é o que se lê, nem o que se compra.

Há o lado negro do Click também. Hoje em dia, a maioria das pessoas não é capaz de segurar em suas mentes nenhum pensamento, ou planejamento, ou mesmo uma visão de vida, maior do que dentro das próximas 48 horas. Essas pessoas não têm a paciência de observar as tendências de longo prazo se desenvolver. Se houver um colapso econômico, ele não acontecerá como um click, que é o que as pessoas esperam. E se não acontecer num click, na mente deles nunca acontecerá. Eles se rendem às evidências da televisão e das conversas de bar. Todos estão vivendo na rapidez de um click.

O fato concreto é que a globalização é um pesadelo, construído pela ganância e é como um navio perto do porto, navegando totalmente fora de controle. A esperança é que navegue mar adentro. Um navio gigantesco. Imagine a inércia de tal leviatã.

A economia desse imenso navio está se deteriorando rapidamente, mas não a ponto de tudo acontecer num click. Levará alguns anos para que fatos como o Peak Oil e suas consequências nos afetem de maneira indiscutível. A discussão sobre o aquecimento global faz o governo prorrogar decisões que, se o pior acontecer, já não haverá tempo hábil para se consertar todo o problema.

No âmbito econômico é importante que olhemos para o que acontece nos EUA, afinal é a maior econômica do planeta e o que acontecer por lá é o que acontecerá por cá. Mas não é só os EUA que está dentro do leviatã, nem ele é o leviatã, todos juntos somos o leviatã, e coisas estranhas acontecem dentro das cabines deste navio.

O melhor exemplo disso são as primaveras que se espalham pelo planeta. Egito, Brasil, vários países na Europa, e alguns na Ásia também.É uma roda que pode e deve sair do controle a medida em que a escassez se aproxima, a injustiça fica evidente e a fome por mudanças aumenta. Isso tudo pode sair de controle...num click

O principal problema neste momento é a primavera do Egito que já dura mais de ano e coloca muita pressão sobre os preços do petróleo. Isso, como já disse antes é um impedimento ao crescimento econômico. Mas como tudo na economia os preços irão se adaptar, o problema é ver os salários se adaptarem. Nunca se saberá se a produção do petróleo será suficiente para suprir o planeta, mas pelo visto essa produção declina, visto que os preços não estão cedendo, e se os preços não cederem muita gente vai ficar sem poder consumir.

Como está se vendo as regras da economia natural, equilíbrio entre oferta e demanda forma preço, mas não no novo normal. No novo normal, não há ouro para ser entregue nos próximos 100 dias, a corrida para adquirir tal produto é imensa, no entanto os preços caem. Como explicar isso?

No último mês o mundo assiste perplexo a uma mudança nos fundamentos do novo normal. Esse estado de inversão econômica que é chamado de novo normal usou a impressão de trilhões e dólares para manter as taxas de juros baixos, no intuito de fazer o consumo e a economia crescerem. O movimento continua nos EUA e na Europa (No dia 4/7 o BCE disse que vai continuar imprimindo euros por um longo tempo ainda), no entanto coisas estranhas estão acontecendo.

Desde 2011 que não se via dinheiro ser retirado do mercado de bônus. Claro, o povo do planeta, frente à crise econômica, preferia receber baixos juros a arriscar em outros lugares que não a segurança do governo americano. Mas em junho de 2013 saíram desse mercado U$ 80 bilhões de dólares. Se essa moda pega e ninguém mais quiser emprestar dinheiro aos povos que gastam muito lá dentro do navio, o que será desses pobres coitados. Mesmo que eles sejam a maior economia do planeta, se quem tem dinheiro para emprestar resolver não emprestar, eles irão à falência.

Sendo assim a riqueza de verdade não faz parte do click econômico. Se você é rico, não deve dever para banco, caso contrário sua falência pode ser decretada, não importa o que você diga para as pessoas. Se sua riqueza está baseada em dívidas, você não é rico, é um iludido, faz parte de uma corrente que vai, em algum momento do tempo, arrebentar na sua cara.

Sobre o que eu acabo de escrever acima, nas redes sociais e nas TVs especializadas em economia, não se fala nada.

Outra coisa estranha é o mercado de derivativos. Esse é um mercado de difícil compreensão para a maioria dos mortais. Falei dele aqui desde sempre. Dos quase 1 quatrilhão de dólares que fazem esse mercado, metade aposta que as coisas vão subir e a outra metade aposta o seu contrário,  que vão  cair e, por enquanto, as coisas estão no equilíbrio, até que uma mudança fundamental aconteça
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Bem estamos vendo uma acontecer nesse momento. Todos calados, porém. Sim as taxas de juros que o novo normal manteve a zero por todos esses anos, são motivo de apostas e hedges para o mercado de derivativos

Depois de cinco anos angariando as apostas, metade delas apostando que esse mercado não vai subir -, são os vendidos nos títulos - e a outra metade são os que compraram esses mesmos títulos de quem os vendeu, e apostam na alta desses títulos - são os comprados nos títulos.

Esse mercado é de alguns trilhões de dólares, trilhões o bastante para arrasar o sistema econômico de uma vez por todas.

Esse paragrafo de um escrito me chamou a atenção:


EU officials claim that 13 major international banks have been colluding to control the trading of derivatives…

The European Commission says many of the world’s largest investment banks appear to have colluded to block attempts by exchanges to trade and offer more transparent prices for financial products known as credit derivatives.

The commission, the executive arm of the European Union, said Monday it has informed 13 banks — including Citigroup, Goldman Sachs, JPMorgan and Morgan Stanley — as well as the industry association for derivatives itself, the International Swaps and Derivatives Association, ISDA, of the preliminary conclusions of an investigation that began in March.

Vou apenas colar a tradução do google para vocês.

Funcionários da UE afirmam que 13 grandes bancos internacionais têm sido coniventes para controlar o comércio de derivados.

A Comissão Europeia diz que muitos dos maiores bancos de investimento do mundo parecem ter conspirado para bloquear tentativas de trocas para o comércio e oferecer preços mais transparentes para os produtos financeiros conhecidos como derivativos de crédito.



A Comissão, o braço executivo da União Europeia, disse segunda-feira que informou 13 bancos - incluindo Citigroup, Goldman Sachs, JPMorgan e Morgan Stanley -, bem como a associação da indústria de derivados de si, a International Swaps and Derivatives Association, ISDA, das conclusões preliminares de uma investigação que começou em março.

Como estão vendo há gente querendo saber o que se passa nesse mercado que é, segundo as menores estimativas, de cerca de U$ 441 trilhões de dólares.

A uma conclusão chegou Arthur.

• Arthur on Sat, 6th Jul 2013 12:06 pm



Why should we be worried about the state of the global economy if we already know that a globalized economy has no future in the first place? It is better to concentrate on what is next and that is a revival of the local economy. The (relative) winners of the future will be those who understand first what is coming.

Por que devemos estar preocupados com o estado da economia global, se já sabemos que uma economia globalizada não tem futuro em primeiro lugar? É melhor se concentrar no que está ao lado e que é um renascimento da economia local. Os vencedores do futuro serão aqueles que primeiro entender o que está por vir.

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