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terça-feira, 23 de julho de 2013

Munição para todos.



Essa semana passada o ouro começou a subir.

É sabido, por quase todo o planeta, que a demanda deste mercado é muito maior do que a produção.

Outra coisa que todos sabem é que não dá para imprimir ouro. É por isso que o presidente do FED insiste em dizer que ouro não é moeda.

Como o ouro é limitado no planeta, os bancos andaram alugando o ouro físico para outros bancos que, por sua vez, venderam esse ouro para os Chineses e Russos. Esses bancos alugaram à boa taxa de juros para os outros bancos.

Para poder tentar comprar esse ouro físico de volta, os bancos que alugaram esse ouro começaram a vender ouro em contratos de derivativos futuros e derrubaram o preço.

Como o ouro não voltou e as obrigações com os bancos que emprestaram o ouro estão lá, contabilmente,  terão de ser cumpridas.

Parece que há a possibilidade de vermos o que se chama "uma corrida ao ouro" diferente.

Uma coisa rara está acontecendo nesse mercado, ou seja, o preço do mercado físico é muito maior do que o físico e as taxas de juros para emprestar ouro estão altas demais, devido à falta física de ouro no mercado.

Não há ouro para entregar e não há como cumprir as obrigações contratuais dos empréstimos.

Como ficamos?



Mas o tópico desse post não é o ouro e sim as ameaças que o sistema está enfrentando.

A coisa no mercado de derivativos é grave, também.

(Reuters) - U.S. securities regulators are warning the $2.6 trillion money market fund industry to be careful of the risks in the so-called repo market, part of the unregulated shadow banking system that large investment banks use to fund their business.

Segundo os reguladores desse Mercado há possibilidade de default o que seria um desastre sistêmico de consequências inimagináveis.

Entenda o que é aqui:

Mas nada disso tira o sono dos controladores da economia global. Os mercados, quase todos, são operados via algoritmos e jamais cairão, não importa quanto dinheiro for preciso imprimir para que a bicicleta continue a ser pedalada.

O que se considera um perigo nos centros acadêmicos, para essa gente é uma oportunidade de testar suas teorias.

Vamos rezar ou confiar?

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