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sexta-feira, 23 de março de 2012

Historia.


Como e onde ocorrem as mudanças.

Quando a gente entender o que é que está acontecendo nosso medo terá terminado.

Já em tempos remotos, inicio do século 20, o mundo vivia sob a égide do padrão ouro. Havia crédito, mas ele era rígido e os emprestadores de dinheiro queriam garantias solidas para emprestarem o seu dinheiro.


Num mundo conturbado politicamente a luta por dinheiro era encarniçada, ainda mais com as teorias comunistas geradas na época. Quando havia inflação o emprestador se via perdido com a desvalorização de seus bens e corriam atrás de ouro e diamantes. 

O problema era com os países que queriam fazer o bem estar social e pediam emprestado o dinheiro, que sempre sumia da mão do emprestador, para sempre

Em 1944, no acordo de Bretton Woods, o padrão ouro foi banido e houve um acordo para que somente os EUA tivessem esse padrão e que as moedas dos outros países, dali para frente seriam pareadas ao dólar. Taxa de cambio fixa.



Em 1970 esse acordo entrou em colapso e nenhum país mais tinha de seguir o padrão ouro. Decreto do presidente Nixon acabou com a rigidez do sistema econômico e foi criado outro, baseado em crédito farto. 

Os bancos centrais, fortes agora, tratariam de estabelecer um controle inflacionário que desse confiança para o emprestador de que seu dinheiro não seria comido pela inflação.

Houve um período inflacionário logo em seguida, que logo foi controlado com a politica monetária, estabelecendo de vez a confiança no sistema baseado no crédito e consumo. 

É nisso em que estamos metidos agora, taxa de cambio flutuante. (Para alguns, não para a China)

E de novo a luta entre credor e devedor aparece.

Crescente todos esses anos, o nível de dívida entre estes dois protagonistas da economia é tão alto agora, que os credores já sabem que vão tomar um calote. Nesta altura do campeonato é inevitável.

No caso grego eles aceitaram um calote de 53% do que emprestaram. Esse calote não terminará na Grécia, vamos ter a Espanha logo a seguir e Portugal também, não importa os protestos da população, o fator técnico sobrepuja qualquer revolta popular que não venha a ser de fato uma revolução.

 Os EUA estão do lado dos devedores e, portanto quer impor ao mundo um processo inflacionário, no intuito de ver a sua dívida monstruosa se desvanecer em meio à alta dos preços. QE1, QE2 e quiça QE3. Azar da população. 

A sua dívida, composta de  títulos do governo, promessa de porto seguro, está na mão dos credores, que no caso são os países em desenvolvimento, China, Brasil, Japão, Alemanha, etc. nós iremos lutar para que não haja deterioração no valor de nossa riqueza.

Essa luta irá continuar até que o lado credor perceba que não vai ver a cor do seu dinheiro nunca mais, e vamos ter que encontrar, ou criar, outro sistema que entre no lugar do atual.

Trocando isso em miúdos.

Os Estados devedores têm de cuidar para que a população não se revolte frente ao fato de que vão ter de enfrentar a sua pobreza.

Os Estados credores têm de cuidar para que a sua população não se revolte frente à riqueza que era apenas uma promessa num pedaço de papel chamado bonds.

Esse jogo de cartas, chamado mico, tem um baralho com dois micos, um na mão de cada lado contendor. Ambos perderão, e esse sistema entrará em colapso nos próximos anos, isso não é uma previsão, é uma certeza.

Quem mandará nesse jogo no entanto, são os países credores, como sempre.

China, Brasil, e Alemanha, serão quem vai colocar o novo baralho na mesa, e os EUA e seu antigo império, terá de aceitar os termos impostos, que acabarão de vez com a riqueza feita de promessas de pagamento.

Vai acabar pobre como qualquer um de nós.

O mesmo ocorre com qualquer um que gasta além de suas possibilidades, o resto todo é papo furado.








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