Nestes tempos de crise os governos têm de atuar. Dependendo da
ideologia politica do país, o discurso é diferente, mas as ações são as mesmas.
O que vemos nos países são políticos fazendo politicas
de afrouxamento monetário, indução da demanda, e coisas do gênero. Os discursos
são coisa para inglês ver, não valem a saliva que os políticos gastam.
Quando não dá mais tempo de gastar, ou não se pode mais
gastar, caso da Grécia, Espanha e outros países na Europa, a situação fica insustentável
e o resultado disso ainda é incerto.
A ferramenta que os governos têm, sempre que uma crise no
crescimento acontece, é a ferramenta de politica monetária. Mas há limites para
ela.
Como o mundo está atuando de maneira coordenada, abaixando
as taxas de juros globalmente, alguns países podem enfrentar problemas em
abaixar ainda mais essas taxas, ou mantê-las em baixo patamar.
Em primeiro lugar, o resultado conseguido, no caso do Brasil,
que abaixou sua taxa de juros de 12,5% ao ano para 8% ao ano no crescimento econômico
tem um limite determinado pelo aumento dos preços internos. Se a inflação
aparece com força, como tem demonstrado as medições dos institutos, o governo
fica de mãos amarradas para continuar com essa politica.
Em países como os EUA, por exemplo, que tem a taxa de juros a zero há
longo tempo, não há mais essa ferramenta para ser usada. É temerário fazer os
juros ficarem nominalmente negativos.
Acontece que o mundo lida no momento com dois eventos que
podem inflacionar os preços globalmente e colocar tudo a perder. O preço do petróleo
e a seca nos EUA que está insuflando o preço dos grãos.
Isso não vai mexer apenas com o preço das commodities e das ações,
vai mexer direto no seu bolso, no meu, no do povo.
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