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quinta-feira, 11 de abril de 2013

2084 -Opinião.




Nós, os pobres mortais, que passamos anos operando bolsa de valores, acabamos aprendendo a ler notícias sobre o mercado. As macroeconômicas, as de interesse microeconômico do setor onde estamos sentados nas ações, mas dificilmente fazemos qualquer ideia do fator histórico da economia.

Com a Morte de Dama de Ferro Margareth, acabei assistindo diversos vídeos e li diversos artigos sobre a poderosa defensora do Capitalismo.

Cheguei à conclusão que as minhas ilusões sobre o mercado são todas falsas e irrealizáveis. Posso aceitar e entender a ideia e defender o bom senso que a teoria econômica da escola austríaca tem, mas perdi as esperanças de que tal conceito econômico seja jamais implantado em qualquer governo atual ou futuro.

É totalmente impossível por razões práticas, no estágio atual de nossa sociedade é simplesmente impensável diminuir o tamanho do Estado sem causar um desastre social de enormes proporções.

Apesar de ser a solução defendida por muitos, a execução desses planos e ideias é impraticável.

Ainda mais, muitos dos que defendem a austeridade não entendem o que ela quer dizer, são todos socialistas de carteirinha, com a ideologia arraigada em suas mentes e, claro, todos trabalham para o Estado, esse é o caso dos poderosos socialistas Europeus que querem fazer "os outros" economizar. Esse é o maior problema para que a mudança de rumo aconteça.

Como seria possível para um político diminuir os empregos no Estado e liberar totalmente as relações trabalhistas entre empregados e trabalhadores?

Como seria possível para um Estado perdulário, que deve até as calças para o público e para os bancos, decidir cortar os impostos cobrados da população, empresas e outros contribuintes? 

Onde isso levaria a tal justiça social que faz o Estado cobrar dos mais ricos e distribuir aos mais pobres?




Como seria possível pedir aos funcionários aposentados dos três poderes da República, ou obrigar por lei, a diminuir seus vencimentos e pensões? Como ficaria o “direito adquirido”? Fomos longe demais na tolerância.




Como pagar as dívidas sem fazer tudo isso?

Nem pensar. Acabo de me convencer de que o mundo tem de continuar em seu passo suicida, junto ao dinheiro fiduciário, ao aumento do crédito e dívidas individuais e ou coletivas.

Não há lugar no planeta onde as relações trabalhistas não contenham o embrião do câncer que vai levar a população a se revoltar contra o Estado. Isso se vê em países como a China, onde poucos mandam no poder e muitos são escravos, simplesmente.

Ou no Brasil, onde somos novos na entrega do poder aos sindicatos. Ou na Inglaterra onde os sindicatos foram apeados do poder e mesmo assim os mesmos problemas de cá estão também lá.

Nos EUA onde o esquerdismo está se exacerbando com Obama, o primeiro presidente negro, e, dizem, islamita, presidente da Nação de maior poder econômico da historia da humanidade e em busca de “justiça social”.

Não é diferente em nenhum outro lugar e para nenhum outro povo que não os indígenas. Mesmos estes, sendo experimentos de inclusão social, neste mar de lama que se chama economia global.

O caldo da cultura posta nas mãos dessa nova geração, o advento da tecnologia da comunicação massificada, impede a volta dos antigos conceitos econômicos. Não haverá volta, estamos construindo um novo amanhã. O novo normal já estabelece que voltar... Nem pensar. Tudo o que nos resta é inflação

Só espero que a humanidade não sofra demais nessa transição, que não será lenta como nas outras revoluções, a comercial e a industrial. 

A revolução tecnológica parece querer impor o fim da democracia, o início de uma tirania ecológica, o fim do dinheiro tal como o conhecemos e o comunismo mais exacerbados que já se ousou pensar. A velocidade com que essa transformação está acontecendo é vertiginosa e totalmente visível, basta acompanhar notícias econômicas e de tecnologia no dia a dia.

Se tudo der certo a humanidade viverá bem, mas podemos acabar todos escravos do Estado.

Não temo pelo futuro, temo pelo presente.

2 comentários:

  1. Há luz, mas antes um processo inflacionário e uma transferência de recursos poupados para os que estão devendo, ou via inflação ou via de pagamento compulsório.
    Esse processo de transferência está em andamento, assim que a inflação subir e os juros se negativarem mais profundamente é que vamos sentir a paulada nos nossos bolsos.

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