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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Difícil dizer? Gráfico e opinião



Eis o que o mercado esperava. O rompimento da resistência de preços no SP500 futuros.


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Como toda a análise gráfica bem feita deveríamos estar dizendo que: como é o primeiro rompimento, o mercado deve fazer um retorno, mesmo que tenha alguma continuidade de um ou mais  dias à frente, em alta.

Esse nível de preços, tecnicamente, é local de retirada de lucros do mercado.

No entanto, estamos no “novo normal” e as coisas têm sido enormemente diferentes.

Não podemos deixar de levar em conta que o que move os preços para cima são U$ 85 bilhões mensais, injetados pelo FED diariamente. Desde o início desse trade a politica econômica no mundo mudou. 

O que não mudou e nem mudará amanhã, nem depois, é a continuidade da injeção monetária.

Os antigos conceitos econômicos parecem ter sido esquecidos e um novo modo de operar bolsa de valores tomou conta do trade.

O mercado agora, como muitas coisas na vida moderna, é movido por computadores, programados para matar qualquer incauto que queira de alguma forma jogar o jogo fora das novas regras. Nesse mercado só há um vencedor, os grandes bancos.

No Brasil, felizmente, estamos no antigo passado. A nossa economia é a economia de uma República das Bananas, nada mais, nada menos. Temos aqui os grandes bancos estrangeiros operando com seus algoritmos, mas eles não podem vencer o antigo velho. 

E assim a Bovespa não acompanha mais o cachorro, ou seja, nossa vaca anda, mas o boi, broxou, não vai mais atrás da vaca.

Já ouvi alguém dizer que a economia funciona para os países, não para o planeta. Parece certo, estamos no final do processo comandado pelo dinheiro fiduciário, pelo aumento de crédito e por dívidas imensas, estamos assistindo ao final da globalização.

Há cada vez mais bancos com problemas no mundo e cada vez mais resgates desses bancos para que continuem funcionando, mas, por hora, um novo elemento entrou na equação.

Esse elemento é o seu dinheiro, a sua poupança, precaucionária, ou não. Você está convidado a pagar a conta das apostas dos bancos “Grandes Demais para Falir” para que estes não destruam o sistema financeiro e carreguem todo o sistema com eles.(essa é a desculpa)

Nos antigos cursos eu sempre falava de risco sistêmico, que esse era o perigo para as bolsas e carteiras de ações para os desavisados dos movimentos macroeconômicos em ação.

Na verdade ainda é assim para quase todas as economias, menos a economia global.

Como não há mais nenhum rumo sistêmico que não o “Para Cima” não podemos lutar contra tal força econômica, força de quem tem o poder de imprimir tanto dinheiro  quanto quiser, sem nenhum efeito colateral. Pelo menos é o que dizem muitos especialistas.

Estamos assistindo o FED, O BCE e  agora o BCJ, em conjunto, mantendo uma politica orquestrada para, segundo eles, “salvar o mercado e as economias”.

Mas salvar do que? É isso o que intriga os analistas. A situação deve ser tão enormemente 
devassadora que, se eles perderem o controle, ninguém sabe o que acontecerá. 

Pode ser ruim, mas também pode ser bom . Como estamos em território desconhecido, teremos uma surpresa, mas tudo isso se eles perderem o controle.

Eles gastaram até agora cerca de U$ 30 trilhões. Deram o dinheiro direto para os bancos e, mesmo assim, temos dezenas deles pedindo socorro. 

Tivessem dado esse dinheiro à população, talvez as coisas tivessem sido diferentes.

Talvez tivéssemos aplicado o dinheiro em próprio proveito da família; pagaríamos nossas dívidas; começado novos negócios; contrataríamos pessoas; compraríamos carros, ou casas.

Mas não, o dinheiro paga as contas dos Estados, perdulários por definição Keynesiana.

Assim caminha o mundo. Vamos ver no que dá.

Para finalizar, pode começar a se preocupar com uma retração no SP500, ela é iminente e vai carregar com ela boa parte das bolsas no mundo, inclusive a Bovespa. 

Esperemos que depois dessa tempestade venha um novo dia e que ela não seja o gatilho para o fim do "novo normal"






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