Eis o que o mercado esperava. O rompimento da resistência de
preços no SP500 futuros.
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Como toda a análise gráfica bem feita deveríamos estar
dizendo que: como é o primeiro rompimento, o mercado deve fazer um retorno,
mesmo que tenha alguma continuidade de um ou mais dias à frente, em alta.
Esse nível de preços, tecnicamente, é local de retirada de
lucros do mercado.
No entanto, estamos no “novo normal” e as coisas têm sido
enormemente diferentes.
Não podemos deixar de
levar em conta que o que move os preços para cima são U$ 85 bilhões mensais,
injetados pelo FED diariamente. Desde o início desse trade a politica econômica
no mundo mudou.
O que não mudou e nem mudará amanhã, nem depois, é a continuidade da injeção monetária.
Os antigos conceitos econômicos parecem ter sido esquecidos
e um novo modo de operar bolsa de valores tomou conta do trade.
O mercado agora, como muitas coisas na vida moderna, é
movido por computadores, programados para matar qualquer incauto que queira de
alguma forma jogar o jogo fora das novas regras. Nesse mercado só há um
vencedor, os grandes bancos.
No Brasil, felizmente, estamos no antigo passado. A nossa economia
é a economia de uma República das Bananas, nada mais, nada menos. Temos aqui os
grandes bancos estrangeiros operando com seus algoritmos, mas eles não podem
vencer o antigo velho.
E assim a Bovespa não acompanha mais o cachorro, ou
seja, nossa vaca anda, mas o boi, broxou, não vai mais atrás da vaca.
Já ouvi alguém dizer que a economia funciona para os países,
não para o planeta. Parece certo, estamos no final do processo comandado pelo
dinheiro fiduciário, pelo aumento de crédito e por dívidas imensas, estamos
assistindo ao final da globalização.
Há cada vez mais bancos com problemas no mundo e cada vez
mais resgates desses bancos para que continuem funcionando, mas, por hora, um
novo elemento entrou na equação.
Esse elemento é o seu dinheiro, a sua poupança, precaucionária,
ou não. Você está convidado a pagar a conta das apostas dos bancos “Grandes
Demais para Falir” para que estes não destruam o sistema financeiro e carreguem
todo o sistema com eles.(essa é a desculpa)
Nos antigos cursos eu sempre falava de risco sistêmico, que
esse era o perigo para as bolsas e carteiras de ações para os desavisados dos
movimentos macroeconômicos em ação.
Na verdade ainda é assim para quase todas as economias,
menos a economia global.
Como não há mais nenhum rumo sistêmico que não o “Para Cima”
não podemos lutar contra tal força econômica, força de quem tem o poder de imprimir
tanto dinheiro quanto quiser, sem nenhum
efeito colateral. Pelo menos é o que dizem muitos especialistas.
Estamos assistindo o FED, O BCE e agora o BCJ, em conjunto, mantendo uma
politica orquestrada para, segundo eles, “salvar o mercado e as economias”.
Mas salvar do que? É isso o que intriga os analistas. A situação
deve ser tão enormemente
devassadora que, se eles perderem o controle, ninguém
sabe o que acontecerá.
Pode ser ruim, mas também pode ser bom . Como estamos em
território desconhecido, teremos uma surpresa, mas tudo isso se eles perderem o
controle.
Eles gastaram até agora cerca de U$ 30 trilhões. Deram o dinheiro direto
para os bancos e, mesmo assim, temos dezenas deles pedindo socorro.
Tivessem dado
esse dinheiro à população, talvez as coisas tivessem sido diferentes.
Talvez tivéssemos aplicado o dinheiro em próprio proveito da
família; pagaríamos nossas dívidas; começado novos negócios; contrataríamos pessoas;
compraríamos carros, ou casas.
Mas não, o dinheiro paga as contas dos Estados, perdulários
por definição Keynesiana.
Assim caminha o mundo. Vamos ver no que dá.
Para finalizar, pode começar a se preocupar com uma retração no SP500, ela é iminente e vai carregar com ela boa parte das bolsas no mundo, inclusive a Bovespa.
Esperemos que depois dessa tempestade venha um novo dia e que ela não seja o gatilho para o fim do "novo normal"
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