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quinta-feira, 18 de abril de 2013

FMI suas receitas e o desenrolar da historia



Há apenas alguns anos, aqui no Brasil, a mídia sustentava a incoerência do FMI. Este vinha com receitas econômicas prontas para acabar com a crise.

As crises de antigamente eram situações de déficit publico, déficit comercial e, portanto, falta de dólares e reservas internacionais. Isso trazia descrédito e os investidores não vinham colocar seu dinheiro no Brasil para ajudar a pagar as contas da dívida pública.



Enquanto nosso povo sofria e era vítima das promessas dos partidos que, teoricamente, iriam acabar com aquela situação a realidade do Brasil e do mundo estava mudando, dentro da dinâmica da globalização.

De repente o Brasil começou a usar a receita do FMI, parou de gastar, diminuiu um pouco o tamanho do Estado, parou de indexar salários de funcionários públicos e a grana começou a aparecer.

Mas ao invés de usar esse dinheiro para investimentos, começamos a imitar os outros países, que viviam em uma verdadeira festança.Estavam agindo da mesma forma  que o Brasil agia, mas não estavam no mesmo estágio da crise. Naquele tempo a coisa era assim: "faça o que eu digo, não faça o que faço”

Aquelas receitas do FMI não são boas hoje para os mesmos países que nos enviavam os pacotes econômicos prontos. Economize aqui, faça cortes, vendam  empresas e ativos, e por ai vamos.

Bons tempos aqueles.

Quando as mesmas receitas foram pedidas à Espanha, por exemplo, tudo foi feito conforme o governo achava e não como o FMI recomendava. Digamos que a "Austeridade" na Espanha foi implantada na marra, isto é, por pura falta de recursos de qualquer tipo.

Hoje o FMI disse que: “A situação da Espanha passou de ruim, porém sustentável, para pior e insustentável”.

A Dívida espanhola precisa ser reestruturada. Em outras palavras a Espanha vai dar um calote generalizado nos “lenders”. Vai haver o tal “corte de cabelo” certamente, e o trabalho do barbeiro ainda não foi definido inteiramente, mas o prejuízo vai ser enorme para os bolsos dos que apostaram em rolar a dívida do Estado Espanhol.

Não vai ser muito diferente do que aconteceu no Brasil na década de 90, só que a quantidade de dinheiro desta vez é incomensuravelmente maior.

No decorrer da situação, antes já vimos por lá os cortes em salários, pensões e gastos públicos, não por influência ou gosto do FMI, mas por pura e total falta de grana. O país não consegue pagar a dívida só com os impostos arrecadados e então vai distribuir a mandioca generalizadamente.

Cheguei até aqui para mostrar a você leitor que a mesma situação está acontecendo na Grécia, Itália, Irlanda, Argentina, Eslovênia, Japão, e diversos outros países.

A mesma coisa acontece também nos EUA. Claro que ninguém fala disso, mas podemos ver que as coisas estão indo muito mal por lá. Não são apenas dados estatísticos que nos mostram isso.

Fatos econômicos mostram que alguma coisa grave está em andamento, mais grave do que uma simples crise de dívida de um país. O recente ataque ao preço do ouro (pura tentativa de defender o valor do dólar), a recente emissão monetária pelo Japão (outra tentativa de preservar o dólar), aumento do desemprego generalizado no mundo, mais de 40% da população abaixo de 30 anos está desempregada, cidades pedindo falência e desaparecendo dos mapas (isso mostra a situação de cidadãos de municípios que ninguém sequer presta atenção).

Confesso que estou procurando alguma coisa boa para poder falar e escrever, mas além de ver o mercado caindo de seus máximos, lá fora, lógico, porque aqui no Brasil a Bovespa está testando seu terceira tentativa de romper os suportes, e saber que vai haver outra tentativa do SP500 romper a resistência do novo topo, nada me diz para ficar esperançoso.

Mas já que não há nada de bom, vou preparar um post mostrando o que de ruim acontece pelo mundo e que a mídia, não toma nem conhecimento.

Aguardem



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