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terça-feira, 17 de abril de 2012

Suicídios coletivos pelo mundo.








Hoje a Índia anunciou um corte de 0,5% na sua taxa de juros. Parece que o movimento de afrouxamento da política monetária por lá está em andamento. O que também está andando é a inflação, 6,89% ao ano e subindo.

Não parece um contra senso econômico? Inflação em alta e taxas de juros em baixa?
O que estamos assistindo por lá é um fenômeno econômico chamado estagflação. Enquanto o governo toma medidas desesperadas para conseguir crescimento econômico, a inflação corre solta. O pior dos mundos.

Nada diferente do que estamos vendo aqui no Brasil. Claro que temos de agüentar o discurso de que está tudo bem por aqui, e que medidas macro prudenciais estão sendo tomadas, seja lá o que isso quer dizer.

Inflação acima de 10% ao ano mata qualquer economia, menos a nossa, que está preparada com a indexação - jeitinho brasileiro de não deixar o credor ficar pobre, ou perder dinheiro. No resto do mundo essa mágica não existe, inflação é indesejável e uma maneira de deixar o coletivo pobre e o Estado rico. Não é à toa que se imprime um mar de dinheiro hoje em dia.

Atos como o Argentino ontem também buscam a morte súbita. Tomar na mão grande, com uma canetada, o capital estrangeiro que veio como investimento no país é, além de uma afronta, um ato desesperado de encobrir a realidade econômica, que no mais ficará bem pior em breve futuro. É um nacionalismo imbecil, contra producente e suicida.

Mas a evidência maior de que algo está errado é o que acontece entre o euro e o dólar. Com toda essa confusão na Europa sobre as dívidas soberanas, bancos envolvidos por um Himalaia de notas promissórias não pagas e tudo o mais, o euro está ficando cada dia mais forte frente ao dólar, a despeito do discurso nos EUA de que a economia por lá está nos trilhos e subindo à taxa de 3% esse ano. No entanto o dólar está cada vez mais fraco. O fundamento disso é que os EUA, através do Fed, continuam comprando seus próprios títulos e injetando assim moeda no mercado.

Quer dizer; nada do que se lê nos jornais, escuta-se nas TVs, é a verdade.


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