P e T robrás

Por ocasião da divulgação do balanço da Petrobrás no segundo trimestre do ano, onde a empresa apresentou um prejuízo de R$ 1,3 bilhão de reais, eu apostei minhas fichas na venda de minha carteira - me dei mal.

 Para os meus clientes, na new letter que mando quase diariamente para eles, com a análise gráfica sobre o andamento dos preços e de como estar travado, ou não, na posição da carteira, disse que devíamos vender opções e manter a posição travada.

Ledo engano meu. O dinheiro esperto, frente ao fraco desempenho da empresa, ao invés de fazer o valor da ação cair, fez o contrário; levou de R$ 18,80 para quase R$ 24,00, criando assim tempo suficiente para vender suas carteiras a bom preço. Pelo menos melhor do que vamos ver acontecer no mercado em breve futuro

Três meses depois, o lucro foi retomado, mas a esperança de um lucro de R$ 45 bilhões para o ano desapareceu.

O fato concreto - se formos analisar os fundamentos da Petrobrás, é mesmo o de anunciar um desastre.

Queda na produtividade, queda na produção, investimentos que não amadurecem, impossibilidade técnica de furar o pré-sal, desvios de conduta, corrupção, administração temerária, tudo já se fala da empresa, sem que ninguém prove nada, mas o mercado mostra, nos preços da ação, sua enorme decepção.

Bem, a recente alta dos preços do papel foi um passa moleque no mercado e, pode acreditar, se você tiver esse papel em sua carteira comece a travar nas opções bem dentro do dinheiro, pois a situação do mundo vai ajudar a Petrobras a derreter.

Vai ser muita sorte se o papel conseguir manter-se na casa dos R$ 20,00, mas a continuar a situação de deterioração das contas da empresa, vamos vê-la beijar, em seu devido tempo, o suporte de R$ 17,42.

Fracasso - é a única palavra que explica a festa do pré-sal.

Tomara que essa queda acabe virando um pivô de alta, caso contrário os compradores do papel estão, como sempre, sentados no Obelisco.

Nada a se estranhar aqui no Brasil.