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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O mundo está quieto neste início de ano.




Fora alguns problemas sazonais, como a falta de chuvas no Brasil, puro atraso de São Pedro, todo o mundo se vê aliviado com o tempo ganho para pagamento das dívidas.

Com o advento dos Quantitative Easings nos EUA, Europa, China e Japão há dinheiro em abundância para fazer rolar as economias, ainda que não se tenha obtido ainda o tão almejado objetivo, inflação.

Agora com o acordo que retirou o abismo fiscal de cena os mercados estão prontos para que?
Está formada a unanimidade nos mercados. Quase 95% das pessoas apostam que ele vai subir.

Quase ninguém discute quem vai colocar os dólares para rolar a dívida Americana, Europeia e Japonesa, sem falar da Brasileira, Francesa, Grega, Espanhola, e por ai vamos.

Como o mundo precisa continuar pedalando o consumo, senão a bicicleta para de andar, veremos mais anúncios de impressão monetária através do mundo, impressão essa já iniciada pelos japoneses.

 A questão agora é para onde vai esse dinheiro impresso? 


As opções não são muitas, não é? Ou se gasta essa grana toda e ai os preços vão subir aos céus, inclusive o preço das ações, ou se guarda esse dinheiro, devolvendo-o via compra de títulos da dívida e fazendo a felicidade dos governos gastadores e perdulários. Desta forma temos agora duas bicicletas para apenas um ciclista. 

Fiquem de olho no valor do dólar. Se o real começar a se valorizar frente ao dólar com intervenções de compra do governo brasileiro, isto é, uma volta ao trade anterior de valorização do Real, é porque o dólar, lá fora, está perdendo credibilidade e não o real ganhando credibilidade. (artigos de revistas e jornais especializados já deixaram claro que ninguém lá fora está colocando fé no Brasil)

Isso ocorrerá já no próximo anúncio do FED sobre a quantidade de títulos próprios eles vão comprar mês a mês. Hoje essa cifra é de 48 bilhões mensais, ou seja, 576 bilhões por ano, o que vale dizer que a dívida que precisa ser rolada, a de curto prazo, que é de cerca de 1,1 trilhão está sendo comprada pelo próprio FED. O resto, ou a outra metade, ainda são comprados pelos outros países e fundos que aplicam nesses títulos.

Mas o FED imprime outros 500 bilhões para socorro de entidades governamentais, estados e municípios. Essa festa mantém o mercado em alerta contra a inflação.

Vocês nem queiram saber se a inflação aparecer nos EUA de repente, o que aconteceria.

Desvalorização do dólar implicaria que o mundo inteiro deixaria de comprar os títulos americanos. Já que ele paga taxa de 0,25% ao ano, e há quem compre porque sustenta-se que os EUA são o porto seguro do mundo, o fundo que aplica nesses títulos vêm, há cinco anos, perdendo pelo menos 1,75% ao ano.

Isso tem limites e essas aplicações só acontecem porque os outros países não são dignos de nenhuma confiança, mesmo os que pagam 7,25% ao ano, caso do Brasil.

A explosão no mercado de ações não seria para baixo, mas para cima.

Com tal quantidade de dinheiro sendo impresso e com os governos comprando os próprios títulos, o dinheiro está na mão do mercado. O mercado não sendo remunerado para comprar dívidas vai comprar bens tangíveis. E onde é o melhor lugar para se gastar dinheiro que o mercado de ações?

Nesse caso os governos se veriam obrigados a aumentar o premio de captação da moeda, isto é, aumentar a taxa de juros oferecida ao mercado.

A pretensão dos governos é evitar uma pequena recessão de 6 meses agora, e para isso estão criando uma recessão de 10 anos em breve futuro.

O mercado está todo assanhado para ver esse movimento acontecer, só que ainda não se mexeu depois da alta do final do ano. Apenas aguarda.

Mas fica a lição: Como se gasta um trilhão por ano impunemente.









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