Quem vai parar a chuva.

E aqui estamos nas primeiras paginas do ano de 2013. Nos EUA acordo feito para continuar a gastança sem maiores arrecadações, a não ser aquela que a esperança de que a economia cresça e, com ela, a arrecadação. Essa é uma esperança geral no mundo hoje, inclusive aqui no Brasil.

O mundo copia a politica americana. Derruba juros, promete a manutenção de taxas de juros baixas até o final dos tempos, ou até que o desemprego acabe. A causa todos nós sabemos; baixo crescimento econômico. A consequência também; destruição da poupança alheia.

Vejamos o exemplo do Brasil: há apenas alguns meses o Brasil lidava com um problema de valorização da moeda. Via-se obrigado a emitir dinheiro para comprar dólares, tanto eram os dólares atraídos pela alta taxa de juros que o governo pagava para vender seus títulos.

Hoje e estória é diferente. O BC abaixou as taxas de juros para 7,25% ao ano, e a inflação no país está grassando na casa dos 10% ao ano, senão mais. A consequência disso é a debandada geral, por parte dos estrangeiros. O Brasil era uma das últimas estâncias de veraneio para os aplicadores de juros no mundo, os chamados “bond buyers”

Hoje, nos EUA, quem compra a dívida americana não são mais os chineses, ou japoneses, e nem mesmo os brasileiros, quem compra a dívida é o próprio banco central americano, através do que eles chamam de QE.

O mesmo acontece aqui, mas aqui o disfarce é feito através do BNDES e a Petrobrás. Triangula para cá, triangula para lá, e tenta fazer o gol, pelo menos o de honra, pois a partida já está perdida de antemão.

É um “esquema de corrente”, mais dia menos dia estoura a bomba na mão do povo, infelizmente. Desta vez, porém o esquema é global.

Imagine você se o Governo americano parar de imprimir dinheiro para rolar a dívida para manter o governo funcionando. O que aconteceria?

Coisa parecida aconteceu na Grécia quando o governo disse para os aposentados e pensionistas que iria ter de diminuir suas pensões e aposentadorias. O mesmo acontecendo nos EUA derrubaria a confiança na economia planetária. Nessa corrente não há saída, a não ser com a quebra da confiança no dólar, um dia.

Enquanto a confiança está sendo mantida teremos de lidar com a realidade. Todo o esquema foi montado para não deixar a economia real baixar preços, no que chamam de deflação. Para combater queda de preços, evidentemente precisamos de alta de preços. Portanto, o esquema foi tramado para manter os preços em equilíbrio. Se esse equilíbrio for perdido, todos nós estaremos perdidos.

É preciso compreender que o Japão enfrenta a reconstrução do país depois do terremoto seguido da devastação do tsunami. A China tem seus próprios problemas, enormes como tudo por lá, e a Europa está metida no conserto de suas próprias contas. Sendo assim não há compradores para os títulos americanos, principalmente quando as expectativas de inflação mostram que se você comprar esse títulos agora, estará perdendo 25% do valor real de sua poupança em menos de 5 anos. Quem vai comprar os títulos?

No momento o mundo inteiro está tentando ver o que realmente irá acontecer com o valor intrínseco dos produtos e serviços. O povão está tentando entender o que vamos enfrentar e procura aprender o movimento econômico para o próximo ano. Há muita falação no mercado sobre as bolsas, o ouro e a prata, o petróleo e os grãos. Tudo isso parece que vai subir. Mas parecer não é suficiente, temos de ver o movimento de alta estabelecido.

Por enquanto a luta pode ainda ser vencida por qualquer dos lados. Os governos têm ciência de que se o mercado mostrar perda de confiança na moeda, isto é, perda de confiança na politica econômica, poderemos ver, assim de supetão, uma mudança radical nos políticos governantes, cabeças rolando e, com novos políticos, a troca radical de politica econômica, formando um novo e brusco movimento contrário a tudo que estamos assistindo.