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domingo, 17 de março de 2013

Declaração do Presidente da República Sr. Nicos Anastasiades.

Amanhecer em Chipre neste domingo.


É bem sabido que a profunda crise econômica e do estado de emergência em que o país (Chipre) se viu não aconteceu na última quinzena desde que assumimos a administração do país.
O estado de emergência e critica natureza dos tempos atuais não me permitem, assim com a ninguém, embarcar no jogo de achar culpados pela situação.
Na reunião de emergência do Eurogroup, nós enfrentamos decisões que já tinham sido tomadas e me deparei com fatos consumados através dos quais fui confrontado com os seguintes dilemas:
Em 19/3/2013 nos teremos de escolher entre dois cenários, o catastrófico e de falência desordenada ou o cenário dolorido, mas controlado, de saída da crise, o que colocará um fim definitivo à incerteza e reativará nossa economia.
1.       Na terça feira. 19/3, logo após o feriado bancário. Um dos dois bancos em crise deixaria de operar, uma vez que o BCE, na sequencia da decisão já tomada, iria encerrar a prestação da liquidez do primeiro banco. O segundo iria suspender os trabalhos e também não poderá evitar o colapso. Tal fenômeno levaria instantaneamente 8000 famílias ao desemprego.
2.       O Estado seria obrigado a indenizar os depositantes em resposta à obrigação contratada no que concerne aos depósitos garantidos pelo Estado. O capital requerido para essa garantia, nesse caso, seria de cerca de EU 30 bilhões, que o Estado não será capaz de pagar.



Veja toda a declaração aqui.

Meus comentários.

Quer dizer que já é de conhecimento público  que os bancos e Estados estão de mãos dadas na falência. Ambos estão afundados em dívidas, os bancos com seus depositantes e os Estados com os próprios bancos.

Nem um, nem outro tem como pagar as suas dívidas, mas os Estados ainda têm a possibilidade de usar os Bancos Centrais para imprimir dinheiro e monetizar as dívidas. Na Europa esse não é o caso e quem define quem pode ou não ser resgatado.

Essa situação não acontece apenas com os dois bancos de Chipre, mas sim  com os bacos europeus considerados “grandes demais para falir”, ou grandes demais para serem processados por lavagem de dinheiro, por exemplo.

São coisas desse tipo que a Europa, liderada pela Alemanha, tentam esconder desde 2009. Com a simples e pura emissão de moeda para pagar os bancos, que compraram com o dinheiro toneladas de ouro, prata e todo tipo de metais preciosos e levou o petróleo à mais de U$ 100,00 o barril. No caso de Chipre, 10% dos depósitos da população devem pagar a transação de compra de ouro feita pelos poderosos.

O final dessa declaração é extremamente triste e alguma repercussão negativa virá dai. Tudo pode acontecer. Não quero bancar o visionário, mas isso definitivamente não é boa notícia para o mercado. 





Statement by the President of the Republic Mr Nicos Anastasiades
16/03/2013



It is well known that the deep economic crisis and the state of emergency in which the country has found itself did not come about in the last fortnight since we have undertaken the administration of the country.

The state of emergency and critical nature of the times do not allow me, as they do not allow anyone, to embark on a blame game.

In the extraordinary meeting of the Eurogroup, we faced decisions that had already been taken and came across faits accomplis through which we were faced with the following dilemmas:

On Tuesday, March 19 we would either choose the catastrophic scenario of disorderly bankruptcy or the scenario of a painful but controlled management of the crisis, which would put a definitive end to the uncertainty and restart our economy.

A possible choice of the catastrophic scenario option would have the following consequences:

1. On Tuesday, March 19, immediately after the holiday weekend, one of the two banks in crisis would cease to operate, since the European Central Bank, following the decision already taken, would terminate the provision of liquidity. The second bank would suspend its work, and neither could avoid collapse. Such a phenomenon would instantly lead 8.000 families to unemployment.

2. The State would be obliged to compensate depositors in response to the obligation regarding guaranteed deposits. The capital required in such a case would amount to about 30 billion euros, which the State would be unable to pay.

3. A proportionate amount corresponding to the deposits of thousands of depositors for deposits over 100.000 Euro, would be led to a vicious cycle of asset liquidation, and these depositors would suffer losses of over 60%.

4. Such an uncontrolled situation would push the whole banking system into collapse with all the attendant consequences.

5. Thousands of small and medium enterprises, and other businesses would be driven to bankruptcy due to their inability to trade.

As a result of the above, the service sector would be led to a complete collapse with a possible exit from the euro. That, in addition to the national weakening of Cyprus, would lead to devaluation of the currency by at least 40%.

The second choice was the controlled management of the crisis, through the decisions taken and which can be summarized as follows:

1. Ensuring the liquidity of the banks and the rescue of the banking system through their recapitalization.

2. Rescuing 8.000 jobs in the banking sector and thousands of others which would be lost as a corollary of not maintaining the operations of banks.

3. Total rescuing of deposits, with just the exchange of a small percentage of savings with shares of the two banks. Currently, these shares do not have their full value, but with the economic recovery they will repay most it not all of the amount that will be cut.
4. This option results in a drastic reduction of public debt, makes it manageable and sustainable and relieves future generations from the burden of repayment.

5. It saves provident and pension funds and avoids taking other tough measures such as wage and pension cuts that were put on the negotiations table.

6. It avoids further recession and the risk of the vicious circle of a second memorandum.

We are not aiming to gloss over the situation. The solution chosen may be painful, but it was the only one that would allow us to continue our lives without adventures. It's a decision that leads to the historic and permanent rescue our economy. 

In the next few hours we will all have to take responsibility. Tomorrow I will address the Cypriot people.

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