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domingo, 31 de março de 2013

Como se sentem os Europeus depois de Chipre.





Muito tenho lido sobre o que pensam os formadores de opinião na Europa depois do ocorrido em Chipre.

O fato abalou os alicerces do sistema, muito mais do que se pode imaginar. Para começo de conversa quem está discutindo o assunto são os ricos, e quanto mais rico o sujeito, mais medo ele tem de ser despido de suas “economias”

As coisas em Chipre se passaram como num filme de gangsteres, espionagem  ou coisa do gênero.

Em primeiro lugar os políticos amigos do Rei, sabiam do que iria acontecer e mandaram o dinheiro de suas contas para fora do país.

Em segundo lugar, os bancos fechados em Chipre mantinham agências em outros países, agências que não foram fechadas e assim, quem sabia disso, limpou as suas contas em menos de 1 segundo, via transferência eletrônica.

Quem pagou a conta foram os idiotas de sempre, o povo que pensa estar votando certo.

Depois veio o discurso daquele cara de pau (Leia tudo aqui) que disse que se os bancos estiverem em maus lençóis o depositante é que vai pagar a conta. Eu até que concordo, afinal estamos, ou pensamos que estamos, no capitalismo, onde os cidadãos tomam riscos e sabem que podem perder. 

Bem, será que estamos mesmo no capitalismo? Pelo que se está vendo Há duas classes de cidadãos, e uns são mais cidadãos que outros.

Disse um artigo de um site que agora o sentimento de que os bancos podem tomar os depósitos de suas contas  transfere um sentimento que parece com você mandar o carro consertar num mecânico e ele, depois de fazer o serviço e receber o pagamento, retira o jogo de rodas último tipo de seu carro e coloca rodas velhas e normais, só porque pode fazer isso sem que ninguém reclame.

Parece que vamos ter um choque bancário de proporções ainda impossível de ser avaliadas. As pessoas não têm muito Tempo para decidir como trocar o seu dinheiro por algo que possa ter em sua posse. Papel moeda está fora de questão, ouro também porque não há ouro suficiente para todos, (mesmo assim ele vai subir), imóveis podem ser taxados e tomados, fazendas e produção idem. Segundo um desses sábios o melhor é ter artigo colecionáveis, arte e coisas assim. Mas ter um negócio é o melhor que se tem a fazer, diz ele.

Nenhum tipo de certificado de posse, ou coisa parecida, garante que você tem o que os Bancos e Estados dizem que devem a você. Esqueça isso. Uma vez que você entregou o seu bem ao banco ou ao Estado, você perdeu, ou pode perder tudo, basta que o Banco peça falência ou o Estado resolva abaixar  o nível da sua dívida.

Parece também que vamos ter um choque nas democracias. Governos e partidos vão mudar e acabar. Radicais vão tomar posse e as coisas na economia vão mudar dentro dos países mais atingidos, pois o que aconteceu foi uma coisa grave para os acordos humanitários de fio de bigode. Coisa de déspotas comunistas ou fascistas.

Pelo calor dos artigos que tenho lido, podemos ver que quem está preocupado tem muito a perder, e são esses que movem os mercados e a historia.

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