Chipre fica agora em segundo plano e entra em cena o rei da
emissão monetária, Ben Bernanke, endereçando ao mercado seus próximos movimentos.
O que o mercado quer e precisa ouvir é que ele continuará, por um longo período
de tempo, pisando no acelerador da emissão de dólares.
Qualquer mudança na
declaração esperada terá repercussões diferenciadas ao mercado.
A alta do mercado na esperança de manutenção das maquinas
funcionando é certa.
A explosão se dará caso o FED declare que é preciso aumentar
a velocidade de impressão. Nesse
caso, amanha o mercado vai ficar ressabiado e
vai procurar saber o porquê desse aumento de velocidade. Seja qual for a razão
a alta permanecerá.
A queda do mercado se dará caso o FED declare que vai
diminuir a velocidade da impressão. Parar de imprimir dinheiro é dado como impossível
ato do FED pelo mercado neste momento.
É claro que o mercado já especula como se dará a parada da
impressão monetária, se é que é possível tal façanha econômica nesta altura dos
acontecimentos. A dívida americana hoje está em U$ 16,705 trilhões nesse exato
momento, subindo à taxa de U$ 2,75 bilhões a cada 24 horas, e o déficit publico
total que no orçamento seria, até o final do ano, da ordem de U$ 998 bilhões de
dólares, está nesse exato momento sendo mostrado como U$ 1.035 trilhões, e só
estamos em meados de março.
Caso o FED pudesse parar
de comprar a dívida americana, já que o
resto do mundo parou de comprar os títulos americanos que, por sinal não rendem
juro nenhum, a economia deveria estar em outra forma física. Como a dívida
americana tem de ser rolada e o FED pode imprimir dinheiro impunemente, já que
ele é o dono da moeda universal, não haverá nenhuma parada nas maquinas
enquanto o orçamento americano não mostrar superávits.
A espiral da dívida continuará andando á frente e o status
do mercado não mudará uma vírgula nos próximos meses. As bolsas estão fadadas a
subir junto com a inflação. É de se admirar que a inflação tenha resistido em
aparecer nos índices divulgados até agora nos EUA e na Europa.
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