Toda essa movimentação na mídia, na internet, e nos
bastidores do palco dos poderosos na Europa, toda a conversa, toda a politica e
o roubo implícito, tudo está agora na mesa do parlamento cipriota para votação.
Dedos nos botões do sim ou do não, os parlamentares
cipriotas vão escolher entre dois suicídios. Já não podem mais sobreviver ao
caos que a simples ideia de um confisco colocou na mesa, assim como já não
podiam sobreviver à falência de seus bancos.
Estão mortos e enterrados serão, qualquer que seja a escolha
que fizerem e morto está também o Euro e a União Europeia. Não que o mundo já não
esperasse pelo fracasso do Euro. Há uma assimetria entre o desejo das partes e
a realidade do todo. Os déficits dos governos já resgatados, ou não, continuam
a gerar instabilidade financeira. A recessão aumenta o potencial de destruição
desses déficits e não há dinheiro novo.
O balão de ensaio lançado em Chipre foi um tiro pela
culatra. Assim que os bancos abrirem, seja lá quando for, em Chipre, os russos
imediatamente procurarão outros portos seguros para a sua grana suja, se é que
já não fizeram os arranjos necessários nessa altura dos acontecimentos. A corrida
já está em andamento e o desaparecimento dos bancos cipriotas é uma certeza. Em
Chipre não vai sobrar pedra sobre pedra.
O sinal já não está mais amarelo na Zona do Euro. A população
dos países em dificuldades já sabe que se as coisas piorarem, os poderosos vão
meter a mão em suas carteiras, poupanças, salários, pensões ou quaisquer outras
rendas. Daí, quem puder vai tentar defender esse dinheiro, apesar de saberem da
inutilidade de qualquer medida. Já é esperado que os países que
disponibilizarem as antigas moedas para a população vão ver a migração do euro
para essas antigas moedas. O problema é descobrir quem é confiável nesse mar de
ladroagem.
Quanto ao movimento de defesa lançado ontem pelo FED, assim
que o mercado americano abriu, terá continuidade hoje. Será preciso de
outra intervenção nos mercados hoje, amanhã e depois e sempre. O povo americano
deve, em breve, exigir um basta para essa situação de pura estupidez econômica.
Mesmo os defensores dos gastos, gente tipo o senhor Paul Krugman, já estão
dizendo que não dá mais para continuar com a farsa despreocupadamente.
A situação é parecida com um animal pego na areia movediça. Ao
invés de procurar ajuda e sair da lama, se afunda cada vez mais com sua
movimentação idiota, mas o faz por pura impossibilidade de raciocínio, afinal é
apenas uma fera que não possui nenhuma inteligência.
Esse tiro foi a última tentativa da barriga empurrar a
situação à frente.
C’est fini.
Bip, Bip Biiiiiiiiiiiiiiii |
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