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quinta-feira, 14 de março de 2013

A dinâmica econômica. Lá e aqui.



Até onde e até quando o FED pode manter o QE?

Tudo dependerá da inflação. Manipulando ou não os índices, a população sentirá no bolso quando fará a mudança politica que acabará com o QE. Até lá a politica de afrouxamento monetário terá simplesmente de continuar.

O governo vai fazer de tudo para manter o partido politico responsável por essa politica monetária no poder.

Serão largamente ajudados por quem mais se beneficia da situação, os bancos, como também pela população pobre que nos EUA recebem benefícios tipo esmola, como os Food Stamps. (Esse programa do governo americano já atinge 49 milhões de pessoas).

Nos gastos do governo haverá aumento dos valores das pensões e benefícios, além de ajustes salariais, tudo para manter votos e o poder de compra da população. A situação já é muito próxima disso:

Como pode ver, Obama está aumentando os benefícios



Até que a inflação americana atinja a casa dos 5 ou 6% não haverá a menor possibilidade de cessar o QE. A rapidez com que esse fato tome conta da realidade vai depender de quanto crescimento os EUA vão conseguir nos próximos anos, de quantos empregos conseguirão construir e do valor do petróleo, principalmente.




A inflação oficial americana

Os modelos econômicos feitos pelos supercomputadores disponíveis devem estar mostrando que as variáveis já foram calculadas e podem ser simplesmente controladas e que a economia vai crescer indefinidamente, com a ressalva “Mantidas todas as condições do modelo”.



Claro que a queda recente da inflação nos EUA é algo  estranho e difícil de se aceitar, visto que até a mídia diz que os preços estão em alta. A manipulação desses índices, que retiram as altas de preços de energia e comida é evidente nos EUA de hoje. - O mesmo fenômeno acontece no Brasil.

Então há o que os americanos chamam de “Shadow inflation”:




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O que se pode deduzir desses fatos é que o povo americano, saindo recentemente de uma crise a que chama de “grande depressão”, concorda plenamente com as medidas tomadas para inflacionar os preços.

Mas tudo isso não diminui os perigos à frente criados pela inflação e sua manipulação. Inflação é tudo o que o sistema quer e precisa, mas se sair do controle a dívida e a emissão de moeda, as consequências serão funestas.

Os EUA estão agora apenas inflando a bolha. Com muita competência, diga-se de passagem.



O que isso tem a ver com o Brasil?

Bem, se você não percebeu ainda houve uma grande mudança na politica econômica brasileira. Nosso dólar já não é mais flutuante, é controlado num patamar de preços que não pode ser maior do que R$ 2,00 e nem menor do que R$ 1,95. Isso quer dizer que, em tempo, o real estará indexado ao dólar novamente.

A inflação no Brasil já é acima de 9% ao ano, e na passagem do semestre essas ações pontuais que tomou o governo agora em fevereiro e março devem estar mostrando algum efeito, caso contrário o governo não conseguirá manter o equilíbrio econômico e se verá forçado a aumentar a taxa de juros bem acima do que já planejou em seu modelo econômico pontual.

O que é bom, e o governo usa politica e economicamente, é o colchão de dólares de reservas internacionais. Um dado a ser acompanhado, pois caso esse número comece a mostrar diminuição sistemática de valores.

Ainda estamos longe de uma crise cambial, mas a inflação será de difícil controle, pois que o governo não vai mudar nenhuma vírgula na politica fiscal brasileira.





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